sábado, 30 de março de 2013

COMPLETANDO TIM MAIA


artigo publicado hoje na seção Hoje é dia de...
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão



Como se um cantor do tamanho de Tim Maia ( em todos os sentidos ) precisasse ser completado, principalmente depois da excelente biografia de Nelson Motta sobre ele. Já leram? Boa oportunidade de conhecer um pouco mais de um formidável cantor que por trás de sua decantada porralouquice tinha a postura irreverente decalcada de um inconformismo em relação às coisas absurdas do país em que vivia.  
E cujo talento para denunciá-las chegou ao ápice na sua mais famosa frase “O Brasil é um país em que puta goza, gigolô tem ciúme, traficante fuma maconha e comunista é de direita”. Querem  resumo  melhor que esse? A frase foi tão boa que,  anos depois,  o tempo demonstrou que faltava ainda dizer que:
                ... e em que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara , escolhido por seus pares, é homofóbico e racista enquanto  o marginal número um do país Fernandinho Beira-Mar ( Será mesmo? O páreo é duro!) estuda teologia.
                ...e em que Carnaval na época, Carnaval fora de época, outros carnavais e tragédias decorrentes de enchentes são considerados pelos governantes desse país  eventos da mesma vulgaridade, tanto é assim que parecem fazer parte do calendário anual de eventos rotineiros. E todos eles  riem, batem palma, continuam sorrindo  e são reeleitos, com se nada tivessem a ver com isso.
                ...e em que na prova nacional para selecionar estudantes (ENEM) o hino do Palmeiras (colocado propositadamente por um estudante,  no meio da redação para avaliar  o nível dos examinadores) obteve  uma das melhores notas indicando que:  ou os examinadores sequer se dão ao trabalho de ler as provas, ou são palmeirenses. Ou que, na verdade mais crua, conseguem ser ainda mais ineptos do que os próprios estudantes.
                ...e em que as vítimas assassinadas por motivo torpe ou cruel só têm direito, pelas leis deste país, a regime fechado e único para toda a eternidade ( a tampa do caixão) enquanto seus assassinos têm direito a todo tipo de regime livre: semi-aberto, quase aberto, arreganhado , ou aberto total, indicando que este é um país cujas leis são feitas – como disse alguém -  por  bandidos e para bandidos.
                ... e em que leis cada vez mais rigorosíssimas, secas e ressequidas,  são inventadas a toda hora, nas  quais alguém que toma duas gotas de cerveja , se for pobre vai para a cadeia, já quem dirige irresponsavelmente e mata,  (como fez o filho Thor,  de Eike Batista ) sequer se apresenta na Justiça, desde que tenha pai  milionário. Aliás, nem precisava. Bastava ser rico.
                                                                    
                ...e em que governos não têm dinheiro para construir  hospitais , mas têm dinheiro para construir luxuosos estádios de futebol a preços exorbitantes e supervalorizados, que após a Copa do Mundo só servirão para moscas e dejetos de passarinhos. Ou seja, ao invés dos uniformes brancos de enfermeiras e médicos os doentes terão de se contentar, para sempre,  com o branco dos  elefantes  - brancos.
                ...e em que sob  pressão da opinião pública, deputados brasileiros abrem mão de três dos muitos salários (auxílio-paletó) que recebiam  mas , por debaixo dos panos, arrumam meios de compensar suas ‘perdas’ salariais, continuando a fazer a festa com o dinheiro público. Ou seja vai-se o auxílio-paletó, celebra-se o auxílio-cueca. Troca-se o salário a perder de vista pelo salário que ninguém avista.

                                                  
                ...e em que hospitais públicos são inaugurados  (como se deu no Ceará e foi denunciado pelo programa CQC) em grande pompa com shows de Axé-music  em que se paga 150 mil para Ivete Sangalo. Porém, mais de duas semanas após o Hospital não funciona e não recebe sequer um doente, dando a entender que este é um país, também,  em que axé virou remédio e cantor cura pneumonia.
                Etc. etc. etc.
                                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com
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sábado, 23 de março de 2013

" ESSE CARA " É O VLT


Artigo publicado na seção Hoje é dia de...
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão, hoje, sábado


Depois da repercussão da notícia de primeira página  do jornal de quarta-feira,  sobre o V.L.T. um de nossos repórteres teve a idéia de entrevistá-lo. De  início, ao vê-lo abandonado, maltratado  e em  completa ociosidade  o repórter confundiu-se . 
                - Escute, você é o V.L.T.?
                - Pensei que fosse, mas a verdade é que ando desconfiado que não seja mais. Certa época houve um ministro da república que dizia que não ‘era’ ministro, mas sim que ‘estava’ ministro. Comigo se dá o contrário. Não sou V.L.T, estou V.L.T., pelo menos, até que me permitam sair daqui.
                - Como estás, então, V.L.T?
                - Entregue ao tempo, às chuvas e trovoadas, ao cheiro de mangue, às baratas, enfim...
                - Por que tão amargurado, amigo?
                - Amargurado? Engano seu, jovem. Nada por aqui é amargo. Se você dissesse ‘salgado’, aí sim, eu confirmaria: do salitre da água do mar que me enferruja mais depressa do que eu jamais andei alguma vez na vida.
                - Viemos entrevistá-lo por causa da reportagem do jornal...
                - Então me diga, você  acha que fiquei bem na foto? Sobrou algo de minha antiga opulência? Quando aqui cheguei, há coisa de um ano, eu parecia “o cara”, desfilando feito Roberto Carlos num carro alegórico da Beija-Flor. Só que, ao invés de mulatas, quem dançava em torno de mim eram políticos e puxa-sacos.

                                                                          
                - Você teve seus trinta segundos de fama  V.L.T. , sem dúvida. Pensando bem, algumas horinhas a mais. Mas, tudo isso passou. Como você se sente agora, fisicamente?
                - Dá para perceber, não é? Desnorteado, enferrujado, confuso, sem rumo e, pior que isso: sem trilhos.
                - O que aconteceu com seus trilhos?
                - Bem, na melhor das hipóteses o povo furtou. Na outra... Mas, isso é o de menos. O pior é que me levaram destino e rumo.
                - O que você espera, agora?
                - O que espero? Por ironia do destino estou igual a qualquer passageiro nesta cidade, esperando indefinidamente que surja um ônibus, um bonde, uma carroça, enfim... Qualquer coisa que passe por aqui e me leve. Quem sabe, um caminhão de sucata. 
                - Vejo que você está  muito descrente, V.L.T.
                - E não era pra estar? Não faço sequer jus ao meu nome, pois de leve não tenho nada, trilho não possuo e veículo, só se for para transportar moscas.  Deve ter sido por isso que os grafiteiros me marcaram ( assim como se ferra boi)  com um novo nome que você deve ter visto na foto:  SL8WYK 2009-infinito. Você sabe o que significa? Nem eu, mas esse infinito tem tudo a ver com o período de tempo em que vão me deixar por aqui. Isso se não me multarem por estar ocupando um espaço público, pois, como você sabe,  para multar eles são muito bons.
                - Como? Que absurdo, e quem pagará?...Afinal de contas, V.L.T, quem  é mesmo o seu dono?

                                                                         
                - Meu dono? Ou será que você quis dizer, meu pai? Ora, meu caro, sou igual àquele filho sem dono da Nega Maluca no samba antigo  de carnaval, passando de prefeito para prefeito , provavelmente até o  final dos tempo, escutando um falar pro outro:  “ Toma que o filho é teu!”. 
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sábado, 16 de março de 2013

FATALIDADES INFINITAS




Artigo publicado na seção Hoje é dia de...Caderno Alternativo,
jornal o Estado do Maranhão, hoje, sábado



O infinito, na matemática, mal consegue disfarçar sua sina de impostor... “, do livro Cidade Aritmética

                O ser humano não suporta a realidade, dizia Henry James e a ciência sabe. Os sonhos, por exemplo, são artifícios que o cérebro humano  utiliza durante o sono para rearranjar a realidade,  aliviando-o da pressão cotidiana para adequar a mente para o dia seguinte.  O que muita gente não atentou ainda é sobre como as palavras se prestam  para isso - nem tanto por vontade própria, digamos assim.

                Um exemplo  disso é palavra ‘fatalidade’, que os brasileiros utilizam a seu bel prazer ,sempre que lhes convêm, de acordo com a repercussão  da tragédia. Fatalidade foi o horror de Santa Maria – já esquecida, como também a morte de 4 pessoas por um trio elétrico durante o carnaval em Santos e, há coisa de duas semanas,  a morte de um rapaz boliviano (  também já esquecida)  por um dos membros da Gaviões da Fiel: facção da torcida do Coríntians , time de futebol que se gaba de ter com seu “bando de loucos” a torcida mais fanática do Brasil.

     Irresponsabilidade, descaso e falta de respeito humano, foram termos pouco utilizados por aqueles que, administradores da situação, preferem se socorrer  da palavra fatalidade para esconder o quanto são capazes de ser mesquinhos e covardes. Como o presidente do Coríntians  que , ao invés de assumir a fatura que lhe cabia no triste episódio preferiu recorrer da sentença que limitava a ação de seus torcedores  ( já aliviada a estas alturas ) como se a morte de um jovem nada significasse e o clube pouco tivesse a ver com isso. Coube à CBF, tardiamente como sempre,  fazer o papel que caberia ao Coríntians  de promover  um futuro jogo com renda revertida para a família do rapaz cuja grande descaída, que lhe custou a vida,  foi a de não ter percebido  que, do outro lado do estádio havia marginais que se aprimoravam em se tornar “ um bando de loucos”  num país em que a mídia ( capitaneada pela Rede Globo cujo interesse comercial com o Coríntians passa do razoável ) concorre para transformar insanidade em virtude.
                                                     

                ‘Fatalidades’, disse o presidente, assim como também disse outro,  mais outro, enfim dezenas dirão na medida em que a irresponsabilidade grasse mais rápida do que o respeito humano . A palavra fatalidade – coitada! – se presta  também para isso como, afinal,  todas as palavras:  para serem usurpadas ao sabor da capacidade humana  ( e brasileira em especial )  de escamotear  a realidade.


                2.  Em conversa recente com uma amiga escritora ela  (um tanto  decepcionada com o rumo metafísico  que a discussão estava tomando ) disse-me o que desde então me pareceu uma grande verdade:  “Chego à conclusão de que os seres humanos , incapazes de saber sequer o que são e, ao mesmo tempo incapazes de admitir isso, inventam palavras para solucionar momentaneamente suas dúvidas, a suprema ignorância e insignificância que lhes é inerente. Tomo como exemplo prático, a palavra infinito. Ora, alguém pode me explicar o que significa infinito? O que é a palavra infinito mais do que uma tentativa – vã – de conceber  o inexplicável?”

    Tive de concordar com ela, ao  mesmo tempo em que me lembrei das tantas palavras, irmãs da “fatalidade”, que são costumeiramente corrompidas pelos humanos : amor, eternidade, paixão, felicidade etc. Palavras que ninguém sabe definir exatamente o que significam, mas a quem todos recorrem porque se prestam para tudo.
                                                                         
                Quanto à palavra  infinito, recordo que esta  sempre me perturbou desde quando travei conhecimento com a Matemática e queria apreender o que havia por trás de uma fórmula que me dizia que o um dividido  por zero era igual a infinito. Confesso que dava tratos à bola para entender  como se poderia dividir algo por nada e ainda encontrar como resultado o infinito. Anos mais tarde, meio  que filosoficamente, cheguei  à  conclusão de que aplicada ao ser humano essa seria uma fórmula salvadora e poética que traduziria apoiada na lógica - forçada ou não - a medida do homem : ou seja,  a vida de um ser humano pode se tornar  infinita, a depender de como você a faz, mesmo  em seu próprio destino de acabar em nada.

                Bem ao contrário do que ostensivamente fazem a torto e a direito os espertalhões de sempre, como o presidente do Coríntians.  Pois,  como todo mundo sabe, nada existe de infinito em corromper palavras para se safar  de suas responsabilidades.
                                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com
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sábado, 9 de março de 2013

PAPA SIM, BRASILEIRO NÃO



artigo publicado na seção Hoje é dia de...Caderno Alternativo,
jornal o Estado do Maranhão, hoje, sábado



Deus nos livre de um papa brasileiro. Para começar,  se sem Papa todo mundo já pensa  que Deus é brasileiro, como será depois desse dia? Deus passará a ser encontrado neste país   a  toda hora e em  cada esquina : seja comendo um cachorro-quente no Sousa ou participando de um pagode na casa do vizinho.

                E haja tratar de pedir sua ajudazinha o quanto antes e para tudo (contando para isso com a mediação providencial  de “gente da gente”). Seja para  declarar o imposto de renda, ou para incluir mais um filho na cesta básica. Mas, se algum pedido não for  atendido...Coitado de Deus, mas, principalmente...do novo papa.   
      
Este sim, não terá mais um minuto de paz sequer para desejar paz para os fiéis, já que levará mais tempo dando perdão do que orando. Porque gente necessitada disso neste país é o que não falta. Logo estarão na fila do perdão:  mensaleiros, goleiros de times de futebol  acusados de assassinato, ministros, periguetes, artistas de tevê, ex Big-Brothers,  perdedores de pênalti  e guardadores de carro.  A onda de crimes neste país aumentará  para valer porque, claro, o perdão divino nunca esteve  tão à mão. Os políticos passarão a roubar mais ainda porque será fácil dizer diante de uma propina: “De troco  passa uma grana que seja no mínimo suficiente para que eu possa ir à  Roma com toda minha família num jato particular. Lá peço perdão ao papa,  que é parente de um cardeal que me deve um favorzinho, e todos os meus pecados estarão resolvidos.”  
                                                                 
                                                        
                E a relação com a mídia? Será um inferno no céu (sem trocadilhos) para o pobre papa.  De saída, no primeiro carnaval após ser empossado já  será escolhido como enredo de uma grande escola de samba do Rio e, lógico,  convidado para desfilar no sambódromo em cima de um carro-alegórico. Isso depois de ter feito uma ponta em um capítulo de Salve Jorge. Em sua homenagem, ao longo do ano, serão compostas músicas e mais músicas uma das quais adaptada de  a Ave-Maria , de Shubert, em ritmo de reggae gravada por Ivete Sangalo em cima de um trio elétrico.

                Após alguns meses como papa, logo aparecerá um escritor brasileiro,  até então desconhecido, para escrever a sua biografia. E descobrirá que Carlinhos Cachoeira esteve envolvido na sua eleição e está cobrando uma baita grana do Vaticano para permanecer calado. Um grande diretor de novelas da TV Globo   se adiantará para pleitear ajuda da Lei Rouanet para fazer um filme baseado na obra. Enquanto isso, em Roma, causará sensação internacional  uma imensa fila de brasileiros em frente ao Vaticano . Só que, ao invés de ser uma fila para pedir a benção papal, será de brasileiros querendo ser santos. De Zé Dirceu a Bruna Surfistinha – que virou religiosa.  

                                                                       

Antecipando-se a um debate nacional cada vez mais acirrado os governadores  do Nordeste exigirão em praça pública a distribuição equitativa dos royalties – ops, dos santos. De padre Cícero a Tancredo Neves os políticos exigirão que isso seja feito sem discriminação contra os estados mais pobres. E, principalmente, que isso seja feito  a  toque de caixa. O governador do Ceará  berrará , no domingão do Faustão,  que caso Padre Cícero não seja santificado em dois dias, prescindirá da mediação do papa e falará direto com Deus.

                O pior de tudo é que sequer  renunciar como fez Bento XVI,  o papa brasileiro poderá fazer. É que será perseguido pela lembrança implacável da anterior renúncia de Janio Quadros com o qual será inevitavelmente comparado. Pensará então que talvez seja preferível se suicidar.

                Mas,  como  suicidas não merecem o  céu pelas leis da igreja...Melhor  jamais ser eleito.
                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com
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sábado, 2 de março de 2013

OS REAIS VENCEDORES DO OSCAR



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caderno Alternativo, hoje, sábado


Sequer  durou  uma semana para se descobrir que os reais vencedores do Oscar estão no Brasil. Vejamos.

1.MELHOR MIXAGEM DE SOM: Os Miseráveis. Lá como cá, embora, por aqui,  a mixagem seja  do som de panela vazia com o feijão chiando  no fogão, tendo por fundo musical a cantoria do xingamento no barraco vizinho.

                2.MELHOR CURTA DE DOCUMENTÁRIO. Inocente. Com o filho de Eike Batista, Thor. O rapaz  a duzentos por hora, num carrão importado, matou um pobre ciclista. Apesar das provas evidentes, a Justiça do Rio na decisão mais rápida que se tem notícia (certamente inspirada na velocidade do rapaz)  declarou inocente o ‘pobre’ playboyzinho. No Brasil, como se sabe, lei seca é para pinguço pobre, a lei ressequida é para os ricos e a lei nenhuma para os milionários.

3.MELHOR ROTEIRO ORIGINAL. Ao invés de Django livre, Carlos Cachoeira livre. O roteiro, que nada tem de original neste Brasil, onde os envolvidos em falcatruas  acabam se dando bem,  teve, mais uma vez, um final paradisíaco – este sim original - quando a Cachoeira foi se refrescar  nas águas da praia de uma estação chique de veraneio,   para curar o estresse.



4.MELHOR ATOR. Assim como Jennifer Lawrence em O Lado bom da Vida,  por aqui Ricardo Teixeira também em  O lado bom da vida, mas o certo seria O lado ótimo da vida. Teixeira, ex-diretor da CBF por uma eternidade e  especialista em pilantragens nacionais e internacionais ,  depois de acusado de receber propina se mudou para uma mansão em Miami, rodeado de carros importados, piscinas e barcos. Eita, vida brasileira tão boa! (mas só para acusados de crimes).

5.MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO. Ao invés de Paperman, a animação da Gaviões da Fiel, no estádio do Pacaembu para ver o jogo do Coríntians com o Milionários da Colômbia. A animação foi tão curta que nem deu tempo de entrar no estádio.

                                                         

6.MELHOR ATOR COADJUVANTE. Bruno Pedroso, em O namorado de Suzana Vieira. Como o moço representa bem seu primeiro  – e único -  papel na vida!

7.MELHOR EFEITO VISUAL. Por lá, as Aventuras de Pi, por aqui as  Aventuras de dois Pi, como também pode ser chamada a redondíssima – e opulenta - bunda de Valesca Poposuda (uma esfera completa) lutando bravamente na avenida do Sambódromo contra o suor e a celulite. 

8.MELHOR ROTEIRO ADAPTADO.  A transposição do Rio São Francisco, com roteiro do ex-presidente Lula. Foi adaptado da famosa história bíblica dos Dez Mandamentos quando Moisés, a mando divino, afastou as águas do Mar Vermelho para que os judeus pudessem fugir dos egípcios. Na versão atual Lula, o novo Moisés,  imbuído da onipotência típica dos deuses dá ordem para que  as águas do rio São Francisco se transfiram de um lugar para o outro.

9.MELHOR ANIMAÇÃO. Valente.  Com José Genoíno. Enquanto por  lá  o vencedor foi Valente por aqui o vencedor foi na verdade um Valentão. Ao responder com agressividade  aos repórteres que lhe perguntaram como estava se sentindo ao se instalar na cadeira de deputado, Genoíno ainda teve tempo de ficar animadíssimo com a grana que vai passar a receber!

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