sábado, 22 de fevereiro de 2014

A HISTÓRIA DO FUTEBOL ( VERDADEIRA)




artigo publicado na seção Hoje é dia de...
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão, hoje s´bado

Todo brasileiro entende de futebol, e nestes dias que antecedem a  Copa do Mundo no Brasil mais ainda. Mas, será que entre eles existe alguém que conheça, de fato, a verdadeira história do futebol?

1.Ao contrário do que muita gente pensa o futebol começou a surgir nos idos  de 2500 a.C, na China, sendo desenvolvido por Yang-Tse, um dos guardas do imperador Huang-Ti, quando, então, o jogo era disputado por soldados. A bola (aí é que está o a grande sacada) era o crânio de um inimigo derrotado. Quem gritava gol, portanto, era a própria bola, cujo berreiro diminuía ao longo do jogo, por óbvias razões.
Com o passar dos anos, ou porque os inimigos já não perdessem a cabeça tão facilmente (sem trocadilhos), ou porque a cabeça do inimigo não fosse própria para fazer embaixadinhas, o crânio evoluiu para uma bola de couro. A disputa consistia então em passar a bola entre duas balizas sem deixa-la cair no chão e foi desse jeito que o TSU-CHU - futuro futebol, chegou à  Coréia , Japão e o Vietnã, até que na dinastia Tang, de 618 a 907 a.C., os postes ganharam uma rede.

                                   
   


Deve ser, portanto, de origem genética a querela que alimenta, ainda hoje, as discussões entre os técnicos de futebol. Para alguns, como o finado Telê Santana, Pepe Guardiola e outros,  o futebol, mesmo jogado com os pés, deve ser auxiliado por um bom crânio, de preferência na cabeça. Já outra corrente de técnicos carniceiros e trogloditas, cujo expoente mais famoso é Felipão, parece inclinada a aceitar que  o futebol deve continuar a ser jogado nos moldes de como quando começou: com o crânio do adversário sendo usado como bola.

2.EM 2.900 A.C ., entre os Maias, da península de Yucatan, o jogo era questão de vida ou morte,  mais ou menos como ainda é hoje  para a Gaviões da Fiel. O líder da equipe derrotada era oferecido em sacrifício aos deuses (no caso da Gaviões os ídolos do próprio time também servem). A bola, que a essas alturas já era de borracha, simbolizava o sol  e era jogada com os pés ou as mãos em um buraco circular, no meio de placas de pedra.

3. EM 146 a.C., durante o império romano, quando estes invadiram a Grécia, passaram a adotar o Epskyros, um exercício militar grego que era uma espécie de evolução do TSU-CHU chinês. A partida poderia durar várias horas e o objetivo era cruzar a meta adversária com uma bola – o uso das mãos era livre – feita de bexiga de vaca, areia e ar. Entusiasmados, os romanos levaram o esporte à Europa, Ásia Menor e norte da África.


                                                


4.EM 1175 deu-se o primeiro registro de um esporte parecido com o futebol na Grã-Bretanha, provavelmente uma adaptação da versão romana citada acima. Era  jogado durante a Schrovertide , que coincide com o nosso carnaval, festa na qual os ingleses comemoravam a expulsão dos dinamarqueses. Para tanto eles saíam à rua chutando uma bola de couro que simbolizava o invasor (olha o crânio do inimigo aí de novo!). O resultado do divertimento era um exemplo de violência descabida, com praticantes sem dentes e, até, mortos, numa versão antecipada do que acontece em alguns clássicos do nosso futebol, com a diferença de que por aqui nem precisa de carnaval pra isso.

5. E assim até chegar o ano de 1580 quando os italianos resolveram chamar de cálcio a uma nova versão, surgida em Florença. As regras foram estabelecidas pelo músico, escritor e cientista Giovanni Bardi. Foi ele que instituiu a necessidade de se usar dez juízes, por disputa, devido a longa extensão de campo, donde se conclui que esse negócio de arbitragem já era um grande problema essa época e não há cientista que resolva. Uma dezena não deve ter adiantado muita coisa, pois como se sabe, e como tivemos prova recentemente no último clássico carioca, tanto faz dez, cem ou duzentos juízes: dependendo do time que se queira beneficiar,  são precisos muito mais do que mil olhos para validar um gol.


                                    



6.Finalmente EM 1710 as escolas londrinas de Covent Garden, Strand e Fleet Street adotaram o futebol como atividade física. Em um deles, só o uso dos pés era permitido, implantando-se aí,  em definitivo,  o embrião do futebol como o conhecemos. Nos idos de 1863 a Federação Inglesa de Futebol unificou as regras do esporte determinando o número de participantes e o tamanho do campo. A partir daí, com a expansão do império britânico, os ingleses divulgaram a “invenção” e suas 17 regras pelo mundo.

Conclusão. Este breve resumo é oportuno por nos lembrar de que muita coisa  rolou, inclusive crânios, para que o futebol tivesse o poder que hoje possui, para que Neymar pudesse ganhar o tanto que ganha e namorar a Bruna Marquesine. 
Se  por outro lado recordarmos, pesarosos, de que para fazer a  Copa do Mundo no Brasil muita  gente morreu e ainda terá de morrer (não só oito  operários falecidos, como também os milhares que acabarão desassistidos porque nossos governantes preferem construir elefantes brancos do que hospitais públicos), poderemos nos reconfortar lembrando de que outrora  era muito pior.
Pior?
(Será mesmo que estamos certos  disso, leitor?)

                                                                       ewerton.neto@hotmail.com                                                    http://www.joseewertonneto.blogspot.com

sábado, 15 de fevereiro de 2014

RECORDES CARCERÁRIOS (BIZARROS OU NÃO)



artigo publicado na seção Hoje  é dia de...
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão,
hoje, sábado

Nestes dias em que a condição carcerária brasileira tem sido manchete de jornal no mundo todo nada como apontar, à guisa de referência, alguns recordes mundiais. (O Brasil surge entre eles).

1.Maior mortalidade em rebeliões carcerárias.

A guerra pela supremacia dos cartéis de drogas mexicanos que fez mais de 5400 vítimas em 2008 chegou aos presídios entre 2008 e 2009. Mais de 83 presos foram mortos e muito mais ficaram feridos  em diversas rebeliões entre 2008 e 2009.

2.Maior prisão.

Com cerca de cinco mil internos  e capacidade para 6750 a Twin Towers Correctional  Facility em Los Angeles , USA, tem 140000 m2 de área útil e está instalada em um terreno de 4ha. O custo operacional da penitenciária está na casa de 50 milhões de dólares ou cerca de US$ 61,21 diários por detento.

3.Maior salário de preso.

                                     
                                 



É pago no Brasil, mas para prisioneiro chique, ou seja,  corrupto, do tipo mensaleiro. Neste caso, o preso pede – e pode - trabalhar fora, em emprego fictício, de gerente de hotel a secretário de partido político. Seu polpudo  rendimento provem de sites promovidos por seus companheiros, livres, que são capazes de recolher em menos de uma semana fortunas acima de 600 mil reais para custear suas despesas futuras fora da cadeia, já que as internas o povo paga. A ideia vigente nas cabeças das autoridades que comandam a política desse país, é que esse tipo de preso, VIP, deve ser recompensado de alguma forma para compensar, provavelmente,  o tédio que sofre na cadeia. Coitados, dizem!

4.Mais detentos no corredor da morte.

O Paquistão em 2008 foi o país com mais prisioneiros à espera de execução. Segundo a Anistia Internacional, 2009 desesperançados, ou seja, quase um terço dos condenados à morte no mundo. Nesse ano específico 36 pessoas foram mortas.

5.Mais pessoas livres condenadas à execução (não letal).


                                      



No Brasil também. Uma parcela considerável da população desse país está irremediavelmente condenada a escutar música sertaneja (larvas de ouvido), mesmo que não queira, originadas de diferentes duplas  com as mais variadas e surpreendentes análises combinatórias possíveis nos nomes com que se intitulam. O efeito, embora não letal, prejudica os tímpanos, provoca estresse precoce e é capaz de  causar confusão mental para o resto da vida. (O curioso é que tem muita gente que aprecia a tortura).

6.Mais prisioneiros. 

Os Estado Unidos,  que têm uma população carcerária de 3,3 milhões de pessoas das quais mais de 1.610446 foram sentenciadas no final de 2008, segundo o Centro Internacional de Estudos Prisionais do King’s College, em Londres, RU. A China, com população quatro vezes maior, tem 1,6 milhões de prisioneiros. O país com menos presos em uma lista de 218 nações é San Marino que só tem um preso.

7.Cadeia onde mais se fura túnel.

Pedrinhas, Maranhão. Lá os policiais descobrem um túnel por semana o que significa que o preso quando não está comendo ou fazendo necessidades está cavando túnel. Acreditam as autoridades policiais que isso ocorra para enfrentar o tédio, já que as organizações locais de direitos humanos (?) e as leis  desse país, surpreendentemente, não permitem que esses mesmos presos que tão bem cavam túneis para escapar, possam cavar ruas , valas, plantações etc. , ou seja trabalhem.


                                       
                                   


 Em consequência Pedrinhas  é a cadeia no mundo ( talvez a única) recordista de fugas de presos por essa via. A prática é tão comum e cotidiana que muitos deles após a fuga, quando ficam de saco cheio com a vida lá fora, voltam pelos mesmos túneis e continuam cavando. Desta vez para ajudar seus ex- companheiros  a se divertirem.

                                                                                  ewerton.neto@hotmail.com                                                    http://www.joseewertonneto.blogspot.com

sábado, 8 de fevereiro de 2014

O MELHOR FILME QUE VI, NÃO ASSISTI




artigo publicado na seção Hoje é dia de...
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão, hoje, sábado


Qual o melhor filme? Os brutos também amam, O homem dos vales perdidos ou Shane? Na verdade, todos os três, já que se tratava do mesmo filme. Vá lá, a estas alturas os cinéfilos da ilha já relacionaram Shane, o faroeste que ganhou o Oscar em 1954, à sua versão brasileira de título Os Brutos Também Amam (aliás,  bem melhor que  o original), mas será que alguém, mesmo os bons cinéfilos, se lembram de O homem dos Vales Perdidos?

Pois foi com o título de O Homem dos Vales Perdidos que vi um dos  melhores filmes da minha vida - quiçá o melhor - sem sequer tê-lo assistido na tela. Explico: na época em que era pre-adolescente e lia tudo quanto era revista em quadrinhos, de Capricho a Tarzan, Fantasma a Cisco Kid, apareceu uma série de revistas de formato um pouco menor, publicadas por uma editora cujo nome era, se não me engano, Editormex, que reproduziam filmes, com fotos P&B.



                                     



As aventuras destas, claro, ganhavam das demais em maturidade e realismo,  o  que deslumbrava  as crianças como eu que, por essa época, faziam a transição das histórias em quadrinhos para os livros. Os títulos, por alguma razão, não eram os mesmos dos filmes, de forma que só algum tempo mais tarde percebi que as aventuras se referiam, de fato, a filmes famosos nas telas. Por exemplo, as aventuras de Tarzan eram reproduzidas com o título de Antar,  fosse com o ator John Weissmuller ou Gordon Scott. Mas foi,  sem dúvida, O homem dos Vales perdidos  - ou Os Brutos também Amam, ou Shane -  a que mais me  marcou a ponto de ainda hoje acreditar que não haverá filme  assistido no cinema capaz de reproduzir a emoção que a leitura dessa revista me causou,  o que me fez pedir à minha tia para conservá-la numa encadernação com outras cinco, num volume que reli várias vezes  e cujo extravio  hoje tanto me pesar me causa.
            Possivelmente, os felizardos que viram o filme no cinema ou na tevê puderam apreciá-lo de forma equivalente,  e devem ter saído com a impressão de um dos melhores faroestes de todos os tempos, o que não é pouco. Ali estão reproduzidos todos os sintomas típicos de sedução da saga peculiar aos  westerns ; a valentia, a luta do bem contra o mal, a batalha pela sobrevivência num ambiente inóspito só que, neste caso,  acrescidos dos mecanismos existenciais que o tornaram um faroeste único: a paixão de corações brutos, ‘que também amam’;  o extravasamento violento, mas surpreendentemente elegante,  dos sentimentos reprimidos e, sobretudo,  a maior de todas as liberdades que é a da juventude a derivar na idealização de um personagem de contos de fadas, tão real quanto possível: solitário,  misterioso e indestrutível. Enfim, o eterno  mito da valentia generosa, surgida sem onde nem pra onde, e sabe-se  lá porquê.                                                     
Todas essas nuances podem ser percebidas na tela, talvez, porém, quando reproduzidas em fotos sequenciais, como as que estiveram ao meu alcance, adquirem uma dimensão vários graus mais elevada, como se o efêmero das imagens na tela as impedisse de estratificar plenamente no coração do  receptor as sensações de obra de arte jamais concebida. Cenas memoráveis como as do enlevo adúltero da mãe do menino Joey, ao ser  contemplada pelo cavaleiro solitário, na penumbra. Ou o da face da maldade no expressivo rosto de  Jack Palance , ao liquidar num riso sardônico um pobre posseiro, concentram-se nas fotos e dela se apropriam, como se o fantasma do acontecido, (como um orgasmo ou algum outro tipo de êxtase)  pudesse perdurar através da foto infinitamente.



                                                 



            A motivação para escrever esta crônica me veio de um texto lido de Sérgio Augusto, dias atrás em o Estado de São Paulo, quando este se referiu a um livro escrito nos USA, no qual o autor se dava ao direito de fantasiar sobre os finais inconclusos de grandes filmes como Casablanca, ET e o próprio “Shane”. Mas, no caso deste último, a  qual se referia: o da tela, ou o da revista que li?



                                                   
                                                 


            Porque o do filme que vi, na revista, jamais poderia ter outro epílogo, ou continuação. Quando o menino Joey grita para as montanhas dos vales perdidos clamando por Shane! Shane!,  e o pistoleiro solitário desaparece no horizonte,  o que está indo embora não é um homem valente apenas, mas as esperanças da juventude repentinamente frustradas na idealização de um sonho irrealizável. Mais ou menos como descrito no célebre soneto As Pombas de Raimundo Correia quando, a reboque do fulgor da juventude os sonhos céleres voam, mas, como diz o verso final e todo mundo sabe,  ‘estes aos corações não voltam mais’.

                                                                                  Jose Ewerton Neto                                                                http://www.joseewertonneto.blogspot.com

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O MAIOR INVENTO HUMANO



artigo publicado sábado, seção Hoje é dia de...
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão

Tem gente que acha que o maior invento humano foi o avião, outros a roda ( de onde tudo começou). Meu pai – com toda razão – dizia que era a eletricidade, mas já tem gente achando que foram as redes sociais. Basta perguntar  para os cantores de sucesso do momento Anitta ou para o Naldo o que eles seriam sem elas.
Sei não, mas sem querer puxar a sardinha para a minha profissão de engenheiro,  acho que foi a média. Não, nada a ver com a classe que todos nós fingíamos pertencer antes de Lula, mas a média matemática propriamente dita, aquele cálculo meio besta no qual dividimos a soma de eventos associados a cada participante de um conjunto pela sua população e, com cujo resultado pretende-se, como num passe de mágica, representar o conjunto.


                                            


Genial, dirão alguns, pura embromação matemática diriam os  estudiosos , mas pensando bem, o que seria de nós e do nosso futuro se não fosse a média? Só ela nos permite a mais doce ilusão, que é aquela fundamentada em cálculos para lhe dar credibilidade. Só assim acessamos uma esperança legitimada provisoriamente substituindo as mentiram que nos empurram a três por quatro.
Quando a presidenta Dilma Roussef chega até Davos e diz que graças aos governos PT o  brasileiro , em média, está muito mais rico, não há como contestar, da mesma forma que na piada clássica um sujeito com a cabeça no congelador e o os pés na fogueira na média está no melhor dos mundos. E haja estatística para concluir que se o brasileiro, às custas da bolsa-família e outras bolsas – na média está mais rico , estará também ( desta vez sem precisar de cálculos) muito mais feliz na média. E então, é ou não é a média, uma invenção para trazer felicidade?


                                            


Historicamente, ninguém sabe quem descobriu a média, mas , provavelmente, Deus já a conhecia. Quando expulsou Eva do paraíso depois de botar uma serpente com uma maçã para atrair o bobo do Adão, induzindo-o ao pecado, estava na verdade apenas consertando o mal feito, fazendo média com o julgamento que mais tarde se faria dele, para que jamais se sentisse culpado por ter criado, num momento de descuido a raça humana.  Séculos mais tarde tentou se redimir pela voz de seu filho Jesus Cristo quando este vociferou contra ela: “ prefiro os quentes ou frios, porque os mornos, eu os vomitarei”. Infelizmente já era tarde demais . Ela já se tinha instalado confortavelmente nos mais recalcitrantes neurônios da mente humana. Pilatos a usou quando lavou as mãos do seu sangue justo e, Jesus, talvez porque soubesse que nada mais havia a fazer, poupou-se de chamá-lo de medíocre. Deixou que a história o fizesse.
Anos mais tarde,  os matemáticos, sempre atrasados, para corrigir a aberração criada, desenvolveram a estatística e tentaram consertá-la ( à média) inventando um tal de desvio-padrão para determinar  se essa média era confiável ou não. Eram tão descrentes disso que para corrigir um desvio conceberam  um  outro .  Quem iria acreditar numa grandeza com esse nome? Desnecessário dizer que não pegou popularmente e a média continuou sendo usada a torto e a direito para bem de todos e felicidade geral da nação. O que  pretendia , na realidade,  dizer Pedro I com seu famoso grito de independência ou morte? Que não queria independência nem morte, mas sim que, na média que o Brasil continuasse  o mesmo de sempre , um país de governantes medianos e  de soluções intermediárias.


                                                


Hoje ninguém pode prescindir da média. Embora a intuição popular saiba que ela é pouco confiável e, em consequência, chame qualquer sujeito incapaz de mediano, ninguém tem    defesa contra aqueles que sabem usá-la corretamente, ou seja que saibam fazer média. A maioria dos lugares  de destaque da sociedade estão ocupadas por medíocres, mas que sabem fazer média.

Enfim, já que tudo é média desde o café com leite com que iniciamos o dia até a hora em que re-mediados dormimos , só nos resta aplaudir essa invenção que se não salva a humanidade pelo menos nos permite suportar a existência sabendo que , ao fim de tudo, todo ser humano não passa de alguém que sem saber de onde veio e nem para onde vai, tira a média disso e, em consequência vive, ou seja, tira férias  do nada que sempre foi antes de nascer. E que voltará a ser.