Domingo último, a
festa de premiação do Oscar 2018 empolgou milhões em vários cantos do mundo. Poucos brasileiros
, no entanto , se deram conta que por aqui também se consagravam os vencedores
do Oscar Brasileiro.
O mesmo talento, a mesma
dramaticidade dos enredos, a mesma extraordinária semelhança dos títulos, a ponto
de não se saber quem inspirou quem e vice-versa:
1.Melhor
Filme: A forma da Água
Versão Nacional: A forma da água (do
Lava-Jato).
Ao contrário da fita americana que aviva
o amor da relação de uma mulher com uma criatura da água, a versão brasileira é
uma estória de repulsa à imundície que sai da água utilizada, no lava- jato,
para limpar nossa Nação. Não poderia ser
outra a reação dos espectadores senão de asco diante das formas que emergem
dessa água imunda: Michel Temer, Lula, Eike Batista, Geddel, Sérgio Cabral,
Aécio Neves etc. Um horror!
2.Melhor
Atriz: Frances McDormand, do filme 3
anúncios para um Crime.
Versão Nacional: 3 anúncios para
mais um crime, com a atriz Gleisi
Hoffman, presidente do PT.
A versão nacional aconteceu quando a
atriz Gleisi Hoffman anunciou: “Caso Lula
seja preso, represálias irão acontecer em todo o país”. Ou seja, considerando a
ameaça da deputada de que não sobraria pedra sobre pedra em meio a choro e ranger de dentes, é fácil concluir que os 3 anúncios para o seu
crime foram choro, ranger de dentes e pedra. Nada mais justo que a raivosa
fizesse jus ao prêmio.
3.Melhor
Roteiro Adaptado: Me chame pelo seu nome.
Versão Nacional: Não me chame pelo
meu nome.
Este roteiro foi adaptado por Gilmar Mendes. A versão brasileira focada nos
episódios da lava-jato trata da
adaptação, feita pelo jurista, das
verdades e dos fatos para que jamais os acusados fossem chamados pelos seus
nomes a prestar contas pelo mal que fizeram a esta Nação. Enfim, personagens que
preferiram ser chamados de pilantras, a serem chamados pelos próprios nomes nos
corredores das cadeias.
4. Melhor
filme em língua estrangeira: Uma mulher fantástica!
Versão Nacional: Uma mulher no
Fantástico.
A versão nacional foi filmada quando
Pablo Vittar esteve no programa Fantástico. Além de estar no programa havia
outras coisas fantásticas acontecendo como o fato de Pablo rebolar como mulher
sem ser mulher, cantar sem ser cantor e emitir sons de música sem que aquilo fosse
música.
5. Melhor
Canção Original Remember Me, do filme A vida é uma festa!
Versão Nacional: Que tiro foi esse! Do filme A vida tá uma
droga!
A vantagem da canção nacional sobre
a americana é que além de se poder dançar de qualquer jeito o fundo musical, originalíssimo, é de bala perdida.
6. Melhor
atriz coadjuvante: Eu, Tonya com Margot Robbie
Versão Nacional: Eu, Bruna, com
Bruna Marquezine.
O filme nacional, tão épico quanto o norte-americano sobre a
saga de uma atleta, descreve o formidável esforço da brasileira Bruna em seu
papel de coadjuvante, para tratar da bicheira no dedo mindinho do pé do craque Neymar durante 2 meses, com intervalos para sentar sobre seu
colo, todo dia, em cima de uma cadeira
de rodas.
Ao invés do coro de ‘Força, Neymar!’ que bombou na net, a nação
agora está desejando: “Força Bruna!”
Como vai longe essa menina!
José Ewerton Neto é autor de O entrevistador de lendas
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