domingo, 22 de abril de 2018

REENCARNAÇÕES COMPROVADAS DE BRASILEIROS ILUSTRES






Tem gente que não acredita em reencarnação. Deveria acreditar já que, ao fim de tudo, não passamos a cada instante de reencarnações de nós mesmos na base do “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. As várias reencarnações de autoridades brasileiras se auto  comprovam.

            GILMAR MENDES. Nascido em Portugal foi empregado como carcereiro durante a Guerra Civil Espanhola. Enriqueceu recebendo propina para soltar presos endinheirados, até que foi descoberto pela tropa do generalíssimo Franco. Muito articulado, conseguiu se safar sendo substituído no pelotão de fuzilamento por outro prisioneiro. Após sua morte, acreditando na recuperação de sua alma, Deus o fez ser reencarnado no Brasil para se tornar um especialista em Direito. De fato, se tornou especialista, só não perdeu o hábito de soltar presos visando vantagens.

            DILMA ROUSSEF. Oriunda da Europa Oriental  nos anos 30 refugiou-se na França com o nome de Régine. Após desistir de arrumar marido (devido sua aparência) sobreviveu vendendo marmitas aos soldados durante a segunda guerra até que descobriu que teria mais lucros fornecendo prostitutas, ao invés. Tornou-se a dona de um cabaré muito famoso com o  nome de Madame R. Ao fim da guerra foi condenada ao fuzilamento, mas como ninguém entendia o que ela falava julgavam que fosse louca, vindo a falecer no sanatório.
            Reencarnou como guerrilheira no Brasil porque Deus acreditou que nessa função poderia se regenerar ou,  pelo menos,  recuperar sua fala ininteligível. Como todos sabem Dilma Roussef acabou virando presidente da República para estranhamento divino.







            MICHEL TEMER. Foi um bruxo de segunda categoria durante a Idade Média, ou seja, daqueles que ganhavam a vida denunciando mulheres como feiticeiras para que estas morressem na fogueira e eles ganhassem prestígio.  Praticava falsa  alquimia e, com uma aparência entre vampiro e Satanás  andava de um lado para o outro com uma mala onde carregava poções e dinheiro vivo. Denunciado, fugiu para o Brasil  onde veio a falecer .
            Depois de ter passado alguns anos no inferno Deus compadeceu-se dele e resolveu dar-lhe uma chance. Como todos sabem também se tornou presidente e continuou se associando a mala de dinheiro e a promessas enganadoras.









            LULA. No início do século  passado Lula não era um ser humano mas um sapo rabugento que coaxava o tempo todo, reclamando de tudo, doando-se ares de líder da saparia na lagoa. Com pena dos demais sapos Deus resolveu dar-lhe um castigo: “Nada de moleza. Serás um ser humano , trabalharás duro como operário e terás um dedo cortado.” Dito e feito. Lula se fez operário em São Paulo e teve o dedo decepado. Sua origem de batráquio não passou despercebida a Leonel Brizola que o chamou de sapo barbudo. Por incrível que pareça o talento de reclamar de tudo e de todos levou-o também à presidência,
            Depois do fracasso de  tantas reencarnações Deus está tomando a decisão de proibi-las no Brasil porque por aqui tudo sai ao contrário e as almas pioram. Já existe, inclusive, uma corrente de conselheiros no céu que, desiludidos estão pensando na solução extrema de reencarnar o próprio país  em outro lugar. É difícil, mas como Deus tudo pode, quem sabe...


José Ewerton Neto é autor de O ABC bem humorado de São Luis 




                                                                                  ewerton.neto@hotmail.com

domingo, 15 de abril de 2018

O HOMEM DAS SETE VIDAS



artigo publicado no jornal O estado do Maranhão

Recebi de presente do confrade Benedito Buzar o livro As Sete Vidas de Nelson Motta. Possuidor de multifacetado talento, o  jornalista, compositor, escritor, empresário e apresentador de tevê  traça, nesta espécie de autobiografia comentada, um rico painel da vida cultural brasileira onde pontuam personalidades marcantes da vida artística e intelectual - nacional e internacional - de Paulo Francis a Rolling Stones. Alguns momentos do prazeroso livro:

Sobre Rolling Stones
(...) Sem que ninguém soubesse Mike Jagger esteve no Rio na casa de Fernando Sabino. Edu Lobo e Luiz Eça foram também convidados por Fernando para mostrar um pouco de música brasileira para o agitado Mike que, no entanto, não mostrou interesse por música de qualquer tipo e preferiu falar o tempo inteiro sobre filosofias indianas, LSD e outras “descobertas do espírito”.

Sobre Elis Regina
(...) Sem ser uma comediante ela consegue ser engraçada, sem ser bailarina consegue dançar bem, sem ser americana canta muito bem em inglês, sem ser da jovem guarda interpreta muito bem Roberto Carlos. Por ser uma extraordinária cantora e uma rara personalidade artística, ela  consegue fazer tudo isso com talento ao longo de duas horas de show.”

Sobre Lampião e a moda Hippie
(...) Lampião  o rei de cangaço, se não foi um hippie na filosofia de vida o era na moda. Cabelo grande? Basta olhar as fotos onde qualquer Mike Jagger seria considerado um Yul Brinner diante de sua cabeleira lampiônica. John Lennon foi um beatle plagiário ao copiar sua moda de óculos redondos de aro bem fininho, que o cangaceiro usava não porque precisava deles, mas porque achava bonito.







Sobre Clarice Lispector. Obs (Durante a  célebre passeata dos cem mil)
(..) Eu me sentara ao lado de Vinícius de Moraes com sua clássica camisa preta de banlon e não tirava os olhos de Clarice Lispector. A escritora era uma mulher alta, alva e belíssima. Vestida com discreta elegância e sentada no asfalto quente, gritava slogans e se desmanchava em elogios calorosos ao charme de Chico Buarque que não estava à vista.

Sobre Raul Seixas
(...) Por meio de rock e baladas, xaxados e baiões, Raul vai passando a sua visão do mundo, à qual não faltam humor e irreverência, por mais duros que estejam os tempos. São raros os autores musicais que tenham fustigado tanto e tão ferozmente o establishment, como Raul, à sua maneira – uma maneira muito brasileira  de criticar o que incomoda, restringe e aprisiona.

Sobre cocaína
(...) “Está nevando no Rio de Janeiro”. A frase era ouvida com frequência entre gargalhadas e intenso júbilo nas noites cariocas do início dos anos 80. Como uma neve química a cocaína se espalhava pela cidade, não só entre artistas, festeiros e criaturas da madrugada, mas seduzindo políticos, médicos, grã-finos e donas de casa, todo mundo estava caindo de nariz no pó branco que dava instantânea sensação de poder e alegria. Irresponsáveis dirigiam enlouquecidos pela cidade. Homens que cheiravam muito ficavam loucos de tesão, mas completamente brochas.
Depois de 5 anos de dependência decidi parar e me mudei para Roma. Dependeria mais de mim do que dos outros me livrar do que, 30 anos depois, Paulo Coelho, que na época cheirava como um tamanduá  e apresentou a cocaína a Raul Seixas,  chamaria de “ droga do demônio”.
Etc.etc.


José Ewerton Neto é autor de O entrevistador de lendas






                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com

domingo, 8 de abril de 2018

NO MEIO VOCÊ COLOCA UMA IDÉIA




DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?


            A pergunta acima, básica e inquietante para qualquer ser humano minimamente preocupado com o sentido de sua própria existência, nomeou uma conhecida obra-prima da pintura, no caso um trabalho do artista francês Paul Gauguin.
            O que ninguém esperava é que viesse a se tornar o tema principal de um romance de proposta  intrigante, que se tornou  best-seller, no caso o policial ORIGEM de Dan Brown. Classificando-o como policial (e ele o é, sem dúvida, porque encerra crime, investigação, intriga e mistério) desta vez o objeto de desejo não é um falcão maltês, como no famoso noir de  Dashiel Hammet,  nem fortunas em jogo, como na maioria dos enredos do gênero, mas a solução dessa pergunta.
             A curiosidade em resolver essa equação – a maior e mais indecifrável desde o advento do homo sapiens – é o mote que conduz o leitor página após página em sua ‘ pra lá de original’ caça ao tesouro. Pois  que tesouro pode ser maior que o  conhecimento , e que maior mistério existe do que aquele que busca solucionar a si mesmo (no caso, a humanidade) ?








            Dan Brown, o autor não se perde em piruetas de estilo ao gosto de alguns críticos literários.  Seu plano de narrativa é oferecer uma trama,  que soa às vezes implausível,  mas que carrega o fascínio da perseguição às grandes descobertas. De quebra,  oferece informações e conhecimentos básicos, mas atualizados,  de física e da Teoria da Evolução que compõem um enriquecedor contraponto ao desenrolar do enredo, onde com frequência pontua o eterno embate Ciência x Religião. Aqui e ali, o autor evidencia nas entrelinhas, a sua simpatia pela vitória da primeira, mas de cujo veredito  sabiamente se esquiva com falas redentoras e quase definitivas como a de um de seus personagens, um cientista: “Quando testemunho a precisão da matemática, a confiabilidade da física e as simetrias do cosmos, não me sinto observando a ciência fria . Sinto que estou vendo uma pegada...A sombra de uma força maior que está fora de nosso alcance”.   
            Enquanto a narrativa se encaminha para o final apoteótico  (a exposição para todo o planeta do conhecimento adquirido por um gênio da ciência ) um verdadeiro tour de force acontece com a sina dos protagonistas, na realidade meros figurantes do personagem principal que é essa grande questão universal.
            Diria que caso o leitor, como eu, seja seduzido mais pela  curiosidade em relação à resposta que pelo enredo em si,   a solução final é apenas parcialmente compensadora. O “De onde viemos” embora fundamentado numa original e revolucionária teoria científica, carece de maior embasamento justamente por ter surgido de ousados estudos científicos, carecendo-lhe rigor e comprovação. Já o “Para onde vamos” anunciado com estardalhaço como estarrecedor, não chega a esse nível de tensão para quem acabou de ler livros sobre o tema como os recentes livros de Yuval Harari  e, portanto, já concebera  algo nesse rumo em termos de previsões.
            Lembro  um grande autor que,  em palestra para estudantes, instado a explicar o que era necessário para escrever um romance respondeu que essa tarefa era simples: “Ponha no começo uma letra maiúscula e no final um ponto. No meio você coloca uma boa  ideia.”  Foi o que fez Dan Brown com imaginação e talento.


José Ewerton Neto é autor de O entrevistador de lendas






                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com







terça-feira, 3 de abril de 2018

CERVEJA PRA TI ( e PARA TODOS)










O QUE VOCÊ NÃO SABE SOBRE CERVEJA

artigo publicado no jornal O estado do Maranhão,

Jose Ewerton Neto, autor de O entrevistador de lendas



Festejos de fim de ano, alegria, confraternização  e...Cerveja. O espírito de renovação (pelo menos aquela parte que precisa de ilusão) não vai pra frente sem ela: a cerveja. Nada como conhecer um pouco mais dessa dita cuja.

            1.Zitologia É o estudo da cerveja e de sua fabricação. Inclusive o papel de certos ingredientes no processo de fermentação.
            Como seria bom se certos membros do Congresso especializados em Corruptologia (a ponto de inventarem emendas na calada da noite para se protegerem da Justiça!)  fossem,   ao invés disso, especializados em Zitologia!

            O Brasil ao invés de ser o Campeão Mundial da Corrupção seria campeão mundial  em Felicidade Interna Bruta - índice que mede a felicidade de um povo.



                                             




            2.As receitas mais antigas escritas pelo homem sobre a cerveja foram escritas em taboas de pedra há mais de 5 mil anos Em forma de canções.
            “Ou seja,  já nessa época, depois de alguns goles dava vontade de sair cantando”.

            3.Os primeiros cervejeiros profissionais eram todas mulheres.
            “E, pelo andar da carruagem, considerando o aumento exponencial  das praticantes,  as últimas também serão”.

            4.O lúpulo usado na cerveja é da mesma família de plantas que o da maconha.
            “A cerveja tem esse  poder. Deixa tudo em família” .

            5.O primeiro acidente de trânsito causado pelo álcool foi em 2000 a.c. Um cocheiro foi preso apos atropelar uma estátua da deusa Hator no Egito antigo . Ele foi crucificado na porta da taverna que lhe vendeu a cerveja e lá ficou até se decompor.
            “Bons tempos esses em que os condutores bêbados  derrubavam estátuas! A evolução da espécie humana a partir daí só contribuiu para diminuir o status dos pinguços condutores já que, hoje em dia, ao invés de estátuas de deusas, derrubam postes. Pelo menos quanto às consequências a evolução foi positiva, já que ninguém é crucificado. Quando muito se vai para a cadeia, mas, ainda assim,  só se for pobre”.

            6.A revolução agrícola começou porque as pessoas precisavam fabricar mais cerveja Isso levou a invenções do arado e sistemas de irrigação.
            “A célebre frase de Arquimedes: Dê-me uma alavanca e eu mudarei o mundo!, não passa, portanto, de imitação de uma frase proferida por algum pinguço anônimo da época: Dê-me um copo de cerveja e eu mudarei o mundo”.

            7.A cervejaria funcional mais antiga do mundo é de 1040 e fica perto de Munique na Alemanha. Chama-se Bayerische Staatsbrauerie Wheihenstephan.
            “Muito interessante, caro leitor. Decore essa informação para fazer  enorme sucesso na mesa de bar. Só não tente pronunciar o nome da cervejaria depois de bêbado. Você vai se engasgar e...”

            8.Uma das leis mais antigas do mundo era associada a cerveja. O rei Hummurabi, da Babilônia,  decretou que todo mundo deveria beber uma quantidade diária de cerveja determinada pelo seu estatus social. Ele também condenou mulheres, que serviam cerveja estragada, à morte por afogamento.



                                               





            “Deu pra entender porque só  as mulheres eram condenadas? A morte devia ser por afogamento na própria cerveja e, neste caso, marmanjos pouco se importavam em morrer afogados, muito pelo contrário.”

            9.Cenosilicafobia é o medo dos copos vazios de cerveja.
            “Eu já desconfiava de que metade dos meus amigos de mesa de bar sofria desse mal. Só não sabia que se chamava assim”.


                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com