Findas as festividades de
premiação do Oscar hollywoodiano de 2020, pouca gente se deu conta que corria
em paralelo a premiação do Oscar Brasileiro. Salvo poucas exceções o desempenho
brasileiro pouco teve a dever aos seus equivalentes hollywoodianos.
1.Melhor filme, Parasitas.
Na versão brasileira o filme
vencedor foi também Os Parasitas, com os 4 filhos de Bolsonaro. Os
protagonistas, (como acontece com alguma frequência com a linhagem descendente de
políticos brasileiros) se destacaram em
aprimorar ao longo da vida o desempenho de sanguessugas , o que significa viver à sombra do pai. A produção brasileira também levou 4
estatuetas. Coincidentemente, uma para cada filho.
2. Melhor
atriz Renée Zellweger, por Judy – Muito além do Arco-Íris.
Na versão brasileira o Oscar foi vencido pela atriz
principal do filme Muito além da política, que foi protagonizado por Janja,
namorada de Lula. No filme, Janja saiu-se
muito bem mostrando destreza ao dar visibilidade à sua obsessão em conquistar
um ex-presidente, entre quatro paredes e
um sol quadrado, muito além da política.
3.Melhor ator, Joaquin Phoenix, por Coringa.
O Oscar da versão
nacional foi vencido por Dias Toffoli, um Coringa por excelência, apresentando
para consumo do público uma neutralidade olímpica, mas capaz de extremos, ao
sabor de suas conveniências pessoais. Ter chegado a ministro do STF por
indicação política, sem trajetória jurídica digna, foi um de seus trunfos para,
finalmente, ser reconhecido como o
grande ator que é, para não dizer
farsante.
4.Melhor ator coadjuvante, Brad Pitt por Era uma
vez em Hollywood.
O Melhor ator coadjuvante na versão nacional foi Sérgio
Moro, no filme Era uma vez em Curitiba, sobre a lava jato, chegando a provocar ciúmes no ator principal Jair Bolsonaro.
5.Melhor
atriz coadjuvante, Laura Dern, por A história de um Casamento.
A versão brasileira do Oscar ficou com a atriz Regina
Duarte pelo filme de mesmo título A história de um
Casamento. O filme conta como a atriz
passou de Namoradinha do Brasil para Namorada de Bolsonaro, e daí, para seu
casamento, de desfecho imprevisível.
6.Melhor direção de Arte. Era uma vez em Hollywood
O Oscar brasileiro ficou com o presidente do
Flamengo Ricardo Landin em Era uma vez no ninho do Urubu, no qual atrocidades foram cometidas contra
crianças tendo por contrapartida a monumental farsa comandada por Landim para
não assumir responsabilidades. As cenas das entrevistas dadas por ele sem o
mínimo pudor e sentimento humano, permeiam uma construção artística macabra, na
qual ele se conduz como um ator perfeito em sua perversidade e indignidade.
7.Melhor Figurino. Adoráveis Mulheres.
A versão nacional também foi premiada com o filme Adoráveis Mulheres protagonizados por Thammy,
a filha de Gretchen, e Pablo Vittar . Os
figurinos das mesmas (ou dos mesmos, tanto faz) depois que Pablo virou mulher e Thammy virou homem
foram considerados perto da perfeição.
8.Melhor Montagem. Ford x Ferrari
Na versão nacional a melhor
montagem aconteceu também em uma disputa, no caso Moro x Rodrigo Maia. A montagem do Juiz de
Garantias por Rodrigo Maia presidente do Congresso, para postergar e dificultar a punição de
corruptos foi considerada uma montagem perfeita, de concepção tão bizarra quanto ardilosa.
josé Ewerton Neto é autor de Pequeno Dicionário de Paixões Cruzadas
livro de contos a ser lançado em breve .