sábado, 30 de janeiro de 2016

CHIFRES PRE-CARNAVALESCOS. ( e outras fofocas)




artigo publicado quinta-feira no
jornal O Estado do Maranhão


E o Brasil, como se desconfiava, voltou a ser um grande carnaval de horrores: nos fatos recentes, nas frases, no dia a dia. Nem precisa esperar o sábado gordo para estourar tampas de cerveja e cachaça em meio a bizarrices. Já que o negócio é rir pra não chorar, comecemos antecipadamente  a festa anunciada, sem medo de ser feliz. A quarta-feira de cinzas estará aí pra isso mesmo!

            1.Chifreiras em Polvorosa. Com o envio recente de mais uma partida de mais de mil bois via Porto de Itaqui para a Coreia, (antes havia sido rumo ao Pará) o Clube das Chifreiras de São Luís emitiu um abaixo-assinado, associando-se às entidades de defesa dos animais e repudiando o prosseguimento de tal prática.  



                                               



            “Mesmo que se considere a quantidade de bois remanescentes na Ilha  suficiente para manter o clube em plena atividade, o que se teme é que com a grande quantidade de novas chifreiras a iniciar suas atividades no período carnavalesco, a oferta de bois para tanto chifre se torne insuficiente”.

            2.Advogados contra o Lava-Jato. Mais de cem advogados de renome nacional prepararam um documento público reclamando de intolerância do MP contra os políticos e empresários, presos como corruptos, O mentor do abaixo assinado foi um advogado de mensaleiros chamado KaKay. Comentário a respeito, sacado das redes sociais:

            "No Brasil acontece de tudo: até advogado fazendo fila para defender corrupto. Oh, Ka-Cai, vê se Cai na real! Só falta agora inventarem um abaixo-assinado para mandar prender Sergio Moro por Intolerância à  Corrupção " 

            3. Argentino esquece mulher. Em Passo Fundo RGS, um argentino deixou a mulher ( que dormia no banco traseiro do carro) num posto onde parou para botar gasolina e só foi se lembrar dela no posto da Polícia Rodoviária, 200 km adiante. Recriminado e ironizado pelo guarda que lhe avisou e insinuou que só  um argentino seria capaz de fazer isso, respondeu:

            "Pior são vocês brasileiros, que passam cinco dias no Carnaval e esquecem suas mulheres dentro de suas próprias casas.”

            4.Brasil antecipa pódio olímpico. Pelo menos nas modalidades olímpicas bizarras, o Brasil se anuncia como o grande campeão em junho. Como se já não bastasse o favoritismo na modalidade de Tiro não ao Alvo, comumente chamada de Bala Perdida, acaba de ser anunciado o grande favoritismo do Brasil em Raios caindo do Céu que no Brasil atingem o número de quinhentos  milhões em três meses.


                                         



            “Vale acrescentar  que, no cômputo desses raios, só estão incluídos os que  vem do céu para terra e não os que vão da terra pro céu do tipo “ Dilma e sua turma: Vão pros raios que os partam!”

            5.Fugitivos de Pedrinhas continuam inovando. Quando se pensava que já se havia esgotado o estoque das  1001 formas conhecidas de se fugir de Pedrinhas, inaugurou-se mais  uma semana passada: via esgoto. O estranho é que ninguém tenha percebido a fuga,  o que só dá pra entender admitindo que a descarga do sanitário de Pedrinhas ao invés do som tradicional de água escoando pra baixo, tenha, normalmente, o som de gente escoando pra cima.


                                                         




            “Segundo novas informações, os fugitivos saíram direto da cadeia para os Blocos de Sujos que desfilam no Carnaval  e comporão, durante a folia, um bloco que será denominado Bloco de Sujos de Bosta cujo lema será : “Carnaval de ‘gente boa’ é assim: guarda dormindo, liberdade, cachaça e cocô!”
                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com
                                                                       http://www.joseewertonneto.blogspot.com


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

SUICIDAS ( À PROCURA DE )




https://www.youtube.com/watch?v=ZNlO01ob9is


‘ UM VERDADEIR ROMANCE POLICIAL. DENSO.
DE SUSPENSE.
COMO SE FOSSE UM BOM ROTEIRO
DE CINEMA.
COM A IRÔNICA NARRATIVA DO MATADOR
DE SUICIDAS INDECISOS, APROVEITA O AUTOR PARA  MOSTRAR
EM PROFUNDIDADE, A FRAGILIDADE DAS PESSOAS E A  SOCIEDADE
COMO UM ORGANISMO
CONTAMINADO,  DOENTE”
Jose Louzeiro


à procura de suicidas











Em 1992 Ferreira Junior e João de Paula Aragão  publicaram no caderno Alternativo, do jornal O Estado do Maranhão, esta resenha que se tornaria um clássico da crítica maranhense,  sobre o recém publicado livro O Prazer de Matar que vinte anos após seria relançado em São Paulo
O livro que ganhou um concurso literário do SIOGE ( Serviço de Imprensa e Obras Gráficas , mais tarde extinto) seria transformado, após revisão e adaptação do autor,  na terceira edição agora publicada pela Arte Pau Brasil SP.


            O oficio de matar suicidas é um policial. Ponto. Mas que policial surpreendente revelou-se. Primeiro  porque é um policial às avessas, que parte de um pobre-diabo, pondo seus serviços à disposição da sociedade: esse é o primeiro clichê seguido por nove entre dez policiais. Nos policiais clássicos também o detetive é um ser desenraizado, que tenta achar a sua identidade na proporção mesma em que busca a de outro.
            O oficio de matar suicidas parte dessas premissas, mas seus fins são outros. Não há na novela  um homem tentando achar assassinos. Há um homem atrás das vítimas, Não há um homem que busca sua identidade na do  outro, mas um homem que busca identificar-se na aniquilação do outro. Não se trata de uma tragédia.




                                         






            A novela segue uma consolidada e maravilhosa transição da literatura ocidental e, principalmente, ibérica; é uma novela picaresca, e essa novela picaresca da tradição ibérica põe em cena justamente um pobre diabo  à caça de expedientes para se dar bem na vida, sabendo de antemão que aquilo não vai dar certo. Pícaro é o bufão, o canalha, mas o canalha de bom coração, o sujeito atrapalhado que mesmo quando as coisas dão certo para si, é melhor que não tivessem dado. A tradição ibérica desse tipo de novela remonta aos séculos dezesseis e dezenbove. Um exemplo clássico são as cheias de trapalhadas novelas exemplares de Miguel de Cervantes. O oficio de matar suicidas tem um narrador que quer ser exemplar. Quer dar exemplos. Quer dar conselhos. A novela termina com uma espécie de prelação, de sermão desvalido, dado pelo narrador.
            Já dissemos que Jose Ewerton Neto segue uma linhagem ibérica. Podemos ir mais longe e mostrar que essa coisa do herói sem nenhum caráter vai mais longe. É verdade que essa tipologia at´[e pouco tempo era considerada desclassificada. Na Grécia e em Roma, as comédias eram consideradas um gênero inferior. De certo modo, isso acontece até hoje, Comédia é gênero para divertir-se , gênero baixo, para as camadas inferiores da sociedade. Quantas comédias de Shakespeare tu conheces, leitor? Bem, isso, enfim, não vem ao caso. O certo é que o gênero aclimatou-se perfeitamente no país, Jose Ewerton está em companhia de Manuel Antonio de Almeida, de Lima Barreto, não tanto de Machado de Assis que usa um tom maior, afinal trata sempre das elites, não se vê desclassificados estrelando os romances de Machado. O tom de O oficio de matar suicidas é galhofeiro. As situações criadas são pontuadas pelo escárnio. Logo no começo vê-se ideia genial do autor coberta de moa – não confundir com mofo. A ideia genial que mudaria a vida do narrador tinha surgido de uma mosca na sopa. Por ai a novela segue.
            Ao ler o trabalho de Ewerton Neto, é quase impossível escapar a tentação de compará-lo  a outros escritores. O narrador da novela  O oficio de matar suicidas é um desclassificado. Já dissemos isso antes. Mas desclassificado também é o personagem do conto “O Cobrador” de Rubem Fonseca. Desesperançados também são os protagonistas da peça de Plinio Marcos, Dois perdidos numa noite suja. Esses escritores, como tantos outros, colocam em cena uma camada da sociedade que só vira notícia nas páginas policiais dos jornais ou quando tem arrastão. Trata-se do lúmpen- proletário, repudiado até pelo marxismo. Só Marcuse encontrou algum potencial revolucionário no lúmpen. Criativo, Ewerton Neto tratou do lúmpen com elegância e humor, bastante raro entre os famosos escritores do gênero policial.




                                            






            De resto, ousamos discordar de Jose Louzeiro. O peso do narrador é sempre contraponteado pela leveza da narrativa. Logo, a novela não é densa, é leve. Leve por ter sempre em mente tirar o peso da estrutura da narrativa e da linguagem. Leve como é leve Machado, Lima, Almeida. Leve como não é Guimarães Rosa, Euclides, Clarice. Éóbvio que a beleza é uma qualidade. Uma das qualidades que deve nortear a literatura – e porque não a vida, que já é deveras pesada, tornando insustentável a leveza do ser – do próximo milênio, segundo o grande escritor italiano Italo Calvino. Ler coisas como O Oficio de matar suicidas torna a vida mais leve. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

PRAZO DE VALIDADE ( NO BRASIL E DO BRASIL)





Artigo publicado hoje no jornal O Estado do Maranhão.



Prazo de validade é coisa séria. Pode matar alguém, no caso de remédios ou alimentos vencidos, ou mutilar seres vivos, pessoas, ambientes, e todo um habitat natural como no caso  da barragem de Mariana, Minas Gerais, um dos maiores crimes ambientais do século. Ah, se tivessem desconfiado do prazo de validade da barragem dado pelos técnicos da Samarco! Se é que alguém se lembrou disso.

            Como nada é eterno, leitor, lembre-se de que tudo, mas tudo mesmo tem seu prazo de validade, até você mesmo. E, como por aqui, até prazo de validade precisa ter firma reconhecida, por via das dúvidas nunca o crave com base no que usualmente se faz no Brasil. Porque, uma coisa é certa: o prazo de validade das coisas nossas não vale muita coisa. 

                                                





Eis uma breve lista para que você se inteire e se dê conta da tragédia:

            1.Prazo de validade de uma carta de motorista. Só até você molhar a língua com um gole de cerveja  e ser parado por uma parafernália de guardas e equipamentos para soprar um bafômetro, após o qual lhe chamarão de marginal e inconsequente,  levarão seu carro e tomarão sua carta. Enquanto isso quem bebe muito e mata como o ex-deputado do Paraná, ou quem não bebe (mas mata,  por dirigir em alta velocidade) como o  filho de Eike Batista, continuará para sempre com o prazo de validade de suas irresponsabilidades ad infinitum

            2.Prazo de validade de um herói nacional. Até que determinado presidente (a) decrete Leonel Brizola como herói nacional e o insira no grupo de heróis brasileiros,  fazendo com que as almas de nossos heróis acreditem que esse negócio de herói não está valendo muita coisa. E que ( como dizia Millôr) era muito melhor ter sido um covarde vivo do que um herói depois de morto,  em certas companhias.

            3.Prazo de validade de um gigolô. Depende da perua  da   Globo. Geralmente dura até o próximo carnaval ou até o  próximo  sorriso  por ela postado no Instagram , cheia de botox nos dentes e na alma,  e feliz da vida por estar amamentando um garoto de mais de 18 anos.

            4.Prazo de validade de uma dupla sertaneja. Até a gravação da primeira música, após o qual a dupla vira trio por incorporar  um  terceiro personagem: o bobo que escuta.

            5.Prazo de validade de uma aposta de loteria. Até o resultado  do sorteio. Porém, muito antes do tal resultado o infeliz apostador já está pré-anunciado como o otário da vez. (Matematicamente, ganhar numa megasena é 30 vezes mais difícil do que um raio cair na sua cabeça).  Já o prazo de validade do otário é mais longo,  e permanece quantas forem as ocasiões em que enfrentar filas e gastar suas energias para entregar seu suado dinheiro (imposto de tolo) para os espertalhões do Governo.




                                              





            6.Prazo de validade de um impeachment de presidente. No Brasil, só dura até o presidente cassado dar uma de caçador e começar a caçar votos com  a grana de seus tempos de presidente , até ser reeleito (caso de Collor) E daí pra frente fazer coleções de carro de luxo, se assenhorar do dinheiro de estatais, meter os pés pelas mãos, enfim, se candidatar a outra cassação.  Ou seja, o prazo de validade de um impeachment de presidente, no Brasil,  é muito menor do que o tempo que o cassado leva para criar vergonha.

                                                                                  ewerton.neto@hotmail.com

                                                           http://www.joseewertonneto.blogspot.com

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A HISTÓRIA DOS CÃES



Artigo publicado hoje, quinta feira no jornal
O estado do Maranhão

O homem está para o macaco, assim como o cão está para o lobo? 

                                           


Certamente, diríamos, a partir de Darwin e sua teoria da evolução. Mas o propósito desta é tratar da segunda parte, o que facilita, e muito,  a questão do final feliz, já que a primeira tudo indica que não vai acabar bem.

                                             



            Pode, se dizer, no entanto,  que as mutações  dos lobos até virem dar nos cachorros tiveram, sim, um final feliz a julgar pelos   alegria sincera e benfazeja exibida pelo focinho de nossos poodles, yorkshires e buldogues, sentados calmamente  em nossos sofás, ou desfilando nos colos das celebridades mais famosas e concorridas.  Garanto que tem muito gorila por aí, nas redes sociais,  que daria uma evolução e a eternidade e meia para chegar perto dos lábios e dos rostos graciosos de Graziela Massafera e Angelina Jolie, em vão, coisa que garbosos cachorrinhos fazem  todo dia no Instagram, tendo o direito, além disso , a viver e comer de graça às custas de suas graciosas donas.
            Claro que, à vista disso, leões e tigres, jacarés e búfalos, enfim a fauna toda,  hão de estar se roendo de inveja , mas nem sempre foi assim . Há que se creditar o sucesso dos lobos a esse jeito especial que eles tiveram de cativar animais menos confiáveis, como os humanos, com muita paciência. Sim, porque para serem vitoriosamente adotados os adorados cachorrinhos só precisaram de tempo, certa ingenuidade dissimulada, e muita, muita paciência.
                                         
                         


            Tudo começou na era glacial, uns 15 mil anos atrás, numa época em que a humanidade estava dando início à vida nova quando, depois de vagar  através de milênios atrás de vegetais e outros animais para comer, resolveu se juntar em vilas e povoados, para plantar. Ora, todo mundo sabe que quando se juntam homens, mulheres e comida (seja de que espécie) o lixo sempre aparece. O que talvez ninguém esperasse era que junto a formigas, ratos e baratas atrás das sobras, aparecessem também os lobos. Na base do  “nada como um lixo atrás do outro”, os lobos foram adentrando no mundo dos homens, curando o seu vício antissocial e desenvolvendo uma gloriosa empatia à custa , também, do tradicional toma lá dá cá.
            Sim porque em troca do lixo de comida, que fazia a festa dos lobos, estes logo se prestaram a latir para avisar os homens de seus inimigos. Nada mais vantajoso para o homem pré-histórico que sair para a caça com um bicho que sabia perseguir presas e que, ao invés de comê-las, trazia a carne de volta para a matilha, no caso os homens. Quanto à mudança no formato físico, veio a acontecer que, por obra e graça da adaptação ao ambiente humano, os lobos foram mudando de aparência e ficando menores – afinal, quem precisa de corpo forte é quem tem de matar e comer búfalos, quem precisa comer lixo disso não precisa. Quanto menor, menos comida para sobreviver e o adão dos cachorros, que era catador de lixo, mas acima de tudo, enganador, aproveitou-se da fraqueza humana de adorar filhotes para gerar seus descendentes cada vez mais com jeitão de filhotes, mesmo depois de adultos. E foi assim que em 15 mil anos os canis familiaris (cachorros de hoje) se separaram definitivamente  do canis lupus, o lobo propriamente dito.
            Quanto a porque se tornaram os amigos mais fiéis dos homens isso nem precisa da ajuda de Darwin para explicar já que a sabedoria popular sempre o fez muito  melhor: 
                                                

                                          

Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro!”
                                                                       ewerton.neto@hotmail.com
                                               http://www.joseewertonneto.blogspot.com

sábado, 9 de janeiro de 2016

O MELHOR LIVRO QUE NÃO LI ( MAS GOSTEI)



NO CORAÇÃO DO MAR 

artigo publicado quinta-feira, no jornal
o Estado do Maranhão

Não li e não gostei. Assim dizia o saudoso Erasmo Dias a respeito de algum  livro que não havia lido, e que antecipadamente desprezava,  expondo sua desaprovação em relação a algo que essa obra lhe incutia: antipatia ao autor, ao tema da obra, enfim a algo capaz de desapontá-lo à simples menção,  e que não admitia sequer uma revisão redentora.
            Essa postura pode ter também o seu inverso no mundo da literatura. Foi o que descobri  assim que enveredei no mundo lúdico e assombrado da leitura: neste caso, o livro que ainda não se leu, mas do qual já se gosta, independentemente da leitura que um dia deste se fará, ou não. Refiro-me, ao romance Moby Dick, de Hermann Melville que se tornou,  para mim, depois que adquiri um exemplar de uma bela edição do mesmo, o melhor livro “que ainda não li, mas gostei”.

                                          






             “Mas, como se pode ter a audácia de classificar um livro como melhor  sem sequer tê-lo lido?”,  pode perguntar alguém.
            Sem outra  solução como resposta  só me restaria arguir   que a literatura  têm dessas coisas. Insinuo,  depois de haver lido uma boa penca deles, que um romance não é somente o que está escrito, mas o que sugere ou simboliza; ou ainda, o que  está antes mesmo da construção do enredo, palavra após palavra. “Desgraçado do escritor que não consegue fazer o seu leitor participar da montagem do sonho que idealizou!”, disse alguém. E essa montagem do sonho, começa a ser  edificada pela mente do  leitor antes e além da própria leitura.
            Faz algum tempo, pois,  que, tendo adquirido o livro, nunca me decidira  a lê-lo por uma razão oculta,  até para mim. Teria sido por reverência ou por receio de que a leitura não comprovasse o êxtase idealizado? Acredito que não. Um escritor da estirpe de Herman Melville não decepcionaria a ninguém, principalmente tendo sido a epopeia descrita por sua caneta extraída de fatos reais, vivenciados por uma gigantesca baleia e seus perseguidores humanos o que faz disparar todos os processos coletivos e inconscientes de defesa diante do ambiente inóspito, o que se constitui na quintessência de uma aventura de sedução imediata. 


                                                 






Melville personificou essa tensão, porém, personificou também a eterna luta do gênero humano contra o seu destino fatal, através da transfiguração, em poesia, da batalha de intrépidos baleeiros não contra um monstro representando as forças do mal, como querem alguns, mas contra um deus da natureza, tentando cravar-lhe um arpão não para sangrá-lo e simplesmente liquidá-lo, mas para dizer eu sou homem, eu estou aqui, eu quero saber.
            Por isso fui assistir o filme No coração do mar que é a versão cinematográfica  do livro de Nathaniel Philbrick e que esmiúça a verdadeira história de Moby Dick e sua saga. Iniciei assim, finalmente,  a leitura pelo caminho inverso, primeiro o filme, depois os dois livros.  

                                       



            Nem precisa dizer que estou me extasiando, e consagrando uma interessante forma de ver uma obra de arte de três modos, quase que simultaneamente. Assistido o filme,  leio  um trecho da verdadeira história e depois vejo o que um notável ficcionista  é capaz de fazer com um fato real.             Sugiro, pois, que, na impossibilidade de usufruir das três, o leitor se compraza com pelo menos uma, que já será grande coisa. Comprovando que minha intuição estava certa, agora posso confirmar que o Moby Dick é realmente um dos  melhores livros que alguém poderia não ler, mas gostar.
                                                                                  ewerton.neto@hotmail.com  

                                                           http://www.joseewertonneto.blogspot.com

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

AS MELHORES FRASES DE 2016 ( adaptadas de 2015)





1. “DILMA ESTÁ NO VOLUME MORTO, O PT MAIS ABAIXO DO VOLUME MORTO E EU ESTOU NO VOLUME MORTO”. Lula, ex-presidente do Brasil

“Lula mostrou que  entende pra valer de volume e de morto. Não  será por que seu partido tomou conta do  VOLUME ( da grana) e depois ficou se fazendo de MORTO?

2.” A VIA LÁCTEA É FICHINHA,  PERTO DA GALÁXIA QUE É O RIO DE JANEIRO...” Dilma Roussef, nossa presidenta.
“E bote fichinha nisso. Enquanto na Via Láctea tem cometa e meteorito explodindo, no Rio de Janeiro tem morteiro e bala perdida!”




                                                




3.”(...) PORQUE O VENTO É DIFERENTE EM HORAS DO DIA. ENTÃO VAMOS SUPOR QUE VENTE MAIS NAS HORAS DA NOITE .COMO É QUE EU FARIA PARA ESTOCAR ISSO?” Dilma Roussef, agora  na ONU
Comentário de Obama para seu colega Putin, da Russia:
“ Ainda bem que a colega Dilma não é casada! Já pensou o sacrifício do  seu primeiro- damo tendo de aguentar a dificuldade de ela estocar vento durante a noite?”

4.“ A RETOMADA DA ECONOMIA BRASILEIRA SERÁ LENTA, TIJOLO A TIJOLO” Joaquim Levy, ex-ministro da  Economia
“Errado, Levy, a  TOMADA, ( não a retomada) da economia brasileira continuará acelerada, pelos mesmos de sempre, mas não de Tijolo a Tijolo, mas de Mensalão a Mensalão.  


                                           


5. “OU MUDAMOS A FIAÇÃO OU VAI DAR CURTO-CIRCUITO”, Joaquim Levy, de novo.
Só falando com Deus, Joaquim Levy. Como você sabe o Brasil continua o campeão mundial de curto-circuito pra valer.  Só no réveillon foram milhares de raios ( com 5 mortes).

6. “QUANTO MAIS TÍTULOS EU GANHO, MAIS BONITO EU FICO PARA AS MENINAS” Gabriel Medina, campeão de surf
“Deixa de se iludir, bobalhão! Título não garante nada, o que garante é grana. . Conheço um cara  que tem dez títulos de eleitor, um para cada município e nunca pegou menina alguma por causa disso”.

7. “QUEM NÃO TEM UMA BRIGA DENTRO DE CASA?”Pedro Paulo Carvalho, secretário da prefeitura do Rio, justificando seu candidato a prefeito que bate em mulher.

“ Você tá certo, Paulo. É só ligar a televisão. Tem briga de Faustão com a educação. De dupla sertaneja com a música. De Ana Maria Braga com a inteligência. E de BBBs com o alfabeto. Etc. Etc.”