quarta-feira, 24 de novembro de 2021

AS ESTÁTUAS LÊEM MAIS DO QUE AS PESSOAS

 




645, O PENSADOR POLÍTCAMENTE INCORRETO 
DA PANDEMIA

SINCERO COMO UM NÚMERO
CORRETO COMO A MATEMÁTICA
IRÔNICO COMO ELE MESMO 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

DIÁRIO DA FUNDAÇÃO DE SLS ( contado pela própria ilha)


 

Escrito pela própria Ilha:

“Hoje, 8 de setembro de 1612 resolveram me batizar de São Luís. Nada melhor que começar, portanto, a escrever meu próprio diário. Assim como inventaram um nome para mim, sei lá as histórias que ainda poderão inventar a meu respeito.

Sou uma ilha. Na verdade, nunca liguei muito pra esse negócio de ser um pedaço de terra cercado de água por todos os lados. Isso nunca fez diferença para mim, a não ser que basta estender os braços em qualquer direção que encontro água. Sou uma felizarda, portanto!

Não sei até hoje dizer quando, de fato, nasci e me criei e porque virei ilha. Dizem que foi de tanto o mar bater no continente que adquiri esse formato. Bote tempo nisso. Sei que tenho milhares e milhares de anos, o que não é tanta velhice assim para pedaços de  terra como eu, só sei que me separo do continente por um pequeno trecho de água chamado de Estreito dos Mosquitos. Dos mosquitos? Isso mesmo. Imagino que botaram o nome de Mosquito a esse estreito porque nesse lugar as ferroadas  doíam pra burro. Será? Já que mosquito é o que não falta em todo lugar que tenha água, terra e mangue, como minha superfície, portanto.   

Como ia dizendo, resolveram me batizar hoje. O nome que escolheram foi São Luís., em homenagem ao rei da França, que nunca vi mais gordo . Isso embora eu já tivesse o nome de Upaon Açu,  que me foi dado pelos Tupinambás que viviam há muito tempo por aqui e que acho até mais bonito.   Upaon Açu, significa Ilha Grande o que não soa nada mal pra mim não é?

E por que essa gente vir de tão longe para me apelidar de São Luis, se eu já tinha nome? Aí é que está, essa turma não veio de tão longe, sem segundas, terceiras e quintas intenções. Certamente não vieram só por causa de meus belos olhos, que é essa a minha paisagem de sol , mar , praia, horizonte à beira do mar, linda de morrer, sem falsa modéstia.

Na verdade, faz mais de século que, de vez em quando, eles começaram a aparecer por aqui para encher de madeira suas  canoas grandes ( por eles chamadas caravelas) ,  que levavam para os seus lugares de origem. No começo causaram o maior reboliço nos nativos daqui, que nunca tinham visto igual. Com o tempo os tupinambás tiveram de se acostumar com seus focinhos porque com o passar dos anos volta e meia vinham dar nos meus costados.

 A si chamam de portugueses,  franceses e holandeses, o diabo a quatro, ao mesmo tempo que chamam os daqui de índios. Além das canoas  grandes o que chamou logo a atenção foi   a arrogância no falar e no gritar e a pele diferente, bem mais clara, parecendo cor de leite.  

Se eles chamam os daqui de índios, os nativos que moram sobre o meu solo, os tupinambás, chamam os portugueses de peró, ou seja tubarões, e os franceses de ayurujuba, ou seja, papagaios amarelos por estes serem louros ou ruivos, portanto um pouquinho diferente dos primeiros , os portugueses,   e falarem muito. Faz sentido, não é? Quem fala demais ouve o que não quer. Até ser chamado de papagaio.

Desta vez eles, os papagaios amarelos, chegaram em  número bem maior com 500 homens em 3 caravelas cujos nomes são Regente, Charlotte e Saint Anne Construíram um forte, rezaram missa, cantaram, homenagearam o rei da terra deles, , Luís XIII e, assim, em pouco tempo eu estava batizada e com novo nome.

Quanto às suas verdadeiras intenções?  Continua no próximo capítulo.


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

ENTREVISTA COM A GALINHA


 

O projeto de lei da deputada Elisângela Moura ( PC do B) que institui a galinha da raça “Canela-Preta” como patrimônio histórico, cultural e genético do Piauí  foi aprovado há poucos dias  na Assembleia Legislativa desse Estado.

O projeto suscitou controvérsias nas redes sociais com diferentes posicionamentos a respeito de sua  necessidade, mormente em tempos tão conturbados. Curiosamente ninguém foi ouvir a opinião do personagem principal: ela, a própria galinha. Nossa equipe de reportagem conseguiu esse ‘furo’ suprimindo essa lacuna. .

Repórter - Antes de tudo parabéns, Dona Galinha Canela-Preta! Como a senhora está se sentindo?

Galinha - Como assim?

Repórter – Em breve a senhora e suas parceiras serão reconhecidas como Patrimônio Histórico Cultural e Genético do Piauí.

Galinha – Ninguém me disse, mas se for verdade, isso me faz sentir  como uma galinha humana. Humana, demasiadamente humana, como disse alguém.  

Repórter – Galinha  humana? Nietzche? Confesso que me confundo. Desculpe, a senhora poderia esclarecer melhor?

Galinha – E precisa?  Vocês humanos  não apelidam de galinha a mulher que dá pra tudo e pra todos, e que depois de comida vocês maltratam e desprezam? Pois é justamente assim que estamos nos sentindo agora.

Repórter – Calma,  dona Galinha! Não era bem isso o que esperávamos.

Galinha – E o que você esperava? Que fôssemos sair cacarejando pra lá e pra cá por causa disso? Pra que nos serve homenagens como essa?

Repórter – Puxa vida, não interprete assim, Dona Galinha. Pense que a deputada apenas  quis prestar uma distinção à espécie de galinácea que  distinguiu vocês , tão saborosa!

Galinha – Poupe o  “saborosa” senhor! Essa deputada nunca quis homenagear galinha alguma, mas sim o próprio bucho. No dia em que esse decreto for aprovado sabemos que será a primeira a comemorar comendo justamente uma galinha.

Repórter – Quanta amargura, Dona Galinha!

Galinha – Quisera eu que realmente tivéssemos um gosto amargo para que todos vocês nunca mais nos engolissem. .Ou o senhor acha que é bom acordar todo dia esperando apenas a hora de ser guilhotinada?. Nossa vida se resume a isso.

Repórter – É doloroso e constrangedor, mas Juro que não havia lembrado, disso dona Galinha  os humanos se esquecem eternamente do sofrimento de vocês. Sei que é desagradável, mas não posso me furtar a mais uma pergunta que já estava programada. Não me leve a mal, mas como a senhora prefere ser servida?

Galinha – Viva.

Repórter – Por fim, a senhora gostaria de fazer um último pedido?

Galinha – Que as galinhas de verdade como a gente sejam, pelo menos um dia, tratadas como os homens tratam as suas.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

O FIM DO DON JUANISMO MASCULINO


 645 O PENSADOR POLITICAMENTE INCORRETO DA PANDEMIA , comenta o noticiário do dia. 



SINCERO COMO UM NÚMERO

PRECISO COMO A MATEMÁTICA 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

O CHEIRO NOSSO DE CADA DIA


 

“O homem é o  único animal que não gosta do próprio cheiro”, dizia Millor Fernandes, assim resumindo  a solitária diferença que nos distingue dos demais animais. Sim, porque o cérebro maior e mais inteligente não nos distingue tanto assim, já que no resto somos quase iguais.  A ciência mostra que o nível genômico da espécie humana atinge a extraordinária semelhança de 95 a 99 % ao dos chimpanzés.

Resta especular se essa diferença não teria sido provocada pelos humanos apenas como forma de se destacarem dos outros animais. Mais ou menos como se, a partir de determinado momento de sua curta trajetória geológica, os homens resolvessem se perfumar como uma forma de dizer a si mesmos: “Tá vendo? Somos, de fato, superiores aos outros animais, tanto assim que não fedemos como eles.”

A história comprova essa tese, já que somente de pouco tempo para cá, os homens passaram a rejeitar o próprio cheiro. Basta ver como procediam nossos tataravôs em seus ambientes, mesmo os supostamente mais refinados.  

1.A higiene do palácio de Versalhes, por exemplo, no século 17 era de “lascar” para os padrões de hoje. O corpo inteiro das pessoas só era lavado uma vez por ano e para se limpar bastava lavar as mãos e o rosto.  Nessa ocasião a família inteira se banhava no mesmo barril e com a mesma água. A urina era despejada pelas janelas, a limpeza íntima era feita com sabugos de milho ou com as próprias mãos, as necessidades eram feitas em qualquer lugar indo parar nos corredores e jardins. Um decreto de 1715 dizia que as fezes deveriam ser retiradas dos corredores uma vez por semana.

Um pouco mais para longe, na  Roma Antiga,  os banheiros públicos eram frequentados sem distinção de sexo. Nesses espaços não havia preocupação em oferecer material para higiene íntima. As pessoas se viravam com o que estivesse à mão, como água, grama e até areia. E – pasmem! -  era nessas latrinas coletivas, instaladas em grandes barricadas de pedra,  que se promoviam debates, banquetes, e encontros cívicos.

Por aí se vê que o fedor não incomodava.  E que a porcaria que saia pela parte de baixo era mais inofensiva do que a que  hoje sai, pela boca,  dos que se reúnem em ambientes palacianos para tomar   grandes decisões administrativas, perfumados por fora e imundos por dentro, “os sepulcros caiados” de que falava Cristo.

2.Quanto aos outros animais, estes  continuam ‘cagando  e andando’ para o próprio cheiro, o que não significa dizer que sejam menos limpos. A barata, por exemplo, tida como um animal fétido e repulsivo tem o seu exterior extremamente limpo, mais higiênico que o rosto de muita coroa habituê de coluna social, entupido de creme, loção e botox.

A sujeira das baratas, é bom saber, restringe-se ao seu interior, mais exatamente ao seu sistema digestivo. É lá que ficam os vírus e as bactérias que são expelidos em seu cocô e podem causar infecções. Portanto, caro leitor(a),  aproveite a ideia e dê um afetuoso beijo na couraça de uma barata,  que isso não lhe trará problema algum.

Isso leva a acreditar que a tão anunciada substituição dos homens pelas máquinas, prevista para breve, apresentará pelo menos uma vantagem evolutiva. Estas jamais terão nojo do  próprio cheiro.

domingo, 8 de agosto de 2021

DE FILHOS DE HOJE A PAIS DE ONTEM



A equipe de reportagem entrevistou alguns jovens procurando saber qual o presente que os filhos estavam comprando para seus pais e o que lhes dariam, se pudessem.

 

            1. Pablo, 17, mora na Cidade Operária. Comprou-lhe uma gravata. Daria, se pudesse, uma periguete para ele parar de encher o saco da sua namoradinha de 15 anos, Keyla, que ele apelidou de Calú, dizendo-lhe piadinhas sem graça, e querendo se insinuar. (Calú – epa!, Keyla – vive ameaçando lhe deixar porque já não agüenta mais).              

                                                                              

            . 3. Franco Júnior, 14 anos, mora no Felipinho. Comprou-lhe um depósito portátil de uísque. Daria se pudesse um alambique completo para ele parar de mexer no seu notebook, toda vez que está bêbado. O que acontece a cada dois dias.     

 

            4. Surama, 18, mora no Anjo da Guarda. Comprou-lhe  um ursinho de pelúcia cor-de-rosa. Daria, se pudesse, ao pai que é cabeleireiro uma assinatura do Jornal do Anjo da Guarda, para ele aprender como vai ‘sair na foto’ se continuar a dar em cima do namorado de sua colega, Tania, que é traficante perigoso e não gosta, nem um pouco, desse assédio.  

 

            5. Técio, 11, mora no São Francisco. Comprou-lhe um time de botão. Se ele não perceber a indireta daria se pudesse um time de futebol de marmanjos para ele tomar conta e parar de se meter a técnico do time de futebol júnior do bairro, onde joga e que se chama Demolidores F.C.  Isso quando não entende de querer jogar na ponta-esquerda

 

             6. Vadinho, 18 anos, mora no Centro. Comprou-lhe um cedê pirata da Jovem Guarda. Daria se pudesse um baita som de carro para que ele passasse a escutar muito longe de casa esse tal de Márcio Greyck, que ninguém agüenta mais ouvir dentro de casa quando ele está ‘consertando’ alguma coisa, todo sábado pela manhã. .

 

            7. Baron, 20 anos. Mora no Jardim América. Comprou-lhe um relógio paraguaio. Daria se pudesse, uma casa em Jacaré dos Homens nas Alagoas, ou na Conchinchina, para que ele fosse embora de vez e os deixassem (ele, sua mãe e o amante dela) em paz para sempre.  Com a casa, naturalmente.

 

                       9. Cristana, 18 anos, mora no Calhau. Comprou-lhe uma garrafa de vinho tinto (adquirido por sua mãe). Daria se pudesse, uma adega de vinhos importados se ele prometesse nunca mais lhe abraçar com seu insuportável mau hálito de álcool quando quer se exibir para os amigos. Pois sabe muito bem que ele não conhece vinho algum e gosta mesmo é de emborcar, disfarçadamente, uma boa caninha do engenho.

 


 

sábado, 31 de julho de 2021

O NÚMERO INFINDÁVEL



Quando comecei  a me interessar pela matemática, na infância, nenhuma de suas expressões me pareceu tão perturbadora,  curiosa e surpreendente como a Dízima Periódica, um número rebelde que não para de se repetir na última casa.

Nada consegue detê-la: nem uma cerca de arame farpado, nem uma barreira eletrônica, provavelmente nem os buracos das ruas de São Luís. Nessa época comecei a desconfiar que aquela história do tão certo quanto dois mais dois são quatro não passava de uma frase de efeito.

Anos atrás li em reportagem de uma revista científica que o número de Avogadro não é mais o mesmo. O famoso 6,02 x 1023 de repente não é mais aquele. A diferença é na casa de centésimos de milésimos, mas num número tão grande isso equivale a bilhões de bilhões.

Bote bilhões de incertezas nisso! Como diz Becker, o autor dos cálculos : “O que pretendíamos, de fato, era encontrar uma nova definição científica para o quilograma, que ainda carece de definição.” Ou seja, Avogadro apenas entrou de gaiato nessa história e a essas alturas do campeonato, todos nós, escravos da vida moderna,  somos gordos,  mas não sabemos exatamente o quanto.

Claro, tudo evolui na vida, até as fórmulas. Assim como Galileu e Newton que ficaram para trás, agora ficou Avogadro e seu número, sem sequer um “Advogado” para defendê-lo. Se o ser humano levou milhões de anos para descobrir que o tempo e o espaço não passam de abstrações e tem funções relativas tudo indica que num futuro não muito distante a matemática e seu dois mais dois não sejam  exatamente quatro.

Isso dá uma esperança ao destino bizarro da dízima periódica. Qualquer dia vão descobrir que duas paralelas se encontram antes do infinito ou que a dízima para em algum lugar, quem sabe num bar da esquina. Se para tomar um chope ou simplesmente rir das agruras dos estudantes em prova do Enem isso são outros quinhentos. O fato é que, as esquisitices dos números um dia terão solução, imperfeitas ou não.

Irremediáveis, insolúveis e definitivas, por sua vez, são as dízimas periódicas da vida, essas que se repetirão eternamente como uma sentença: as enchentes de  inverno com suas mortes trágicas, as bobagens coletivas como o BBBrasil, as Pandemias etc.etc.

Como seria bom se as realidades da vida, ao invés de tão periodicamente irreversíveis fossem inexatas, mutáveis e manipuláveis quanto as da Ciência! O mundo seria bem melhor, certamente. Tão certo como dois mais dois não são (serão) quatro. 


 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO VASCO


 

1.Na época em que O Vasco da Gama foi fundado, 1898,  o turfe, o ciclismo e o remo eram as modalidades esportivas que seduziam os jovens na capital da República. D,Pedro II ainda era o regente quando no Brasil surgiram as primeiras agremiações dos esportes náuticos.

A sedução pelos  esportes náuticos dava-se  pela movimentação das elites dos centros urbanos fugindo da insalubridade em busca do ar puro da orla da baía de Guanabara. O mar sugeria saúde  em contraponto aos lugares centrais vítimas da sujeira provocada pela contaminação dos esgotos a céu aberto, proliferando epidemias.  

Nas 3 primeiras décadas  de sua fundação o Vasco tornou-se uma das principais agremiações do remo só vindo a aderir ao futebol em 1915 após sua fusão com o Lusitânia SC, que também nasceu da colônia portuguesa do Rio. Com o nascimento da República as associações desportivas cariocas começaram a se estruturar como times de futebol a partir de 1904.

2.No ano 1922, já na primeira divisão o Vasco venceu todas as disputas que participou.  E qual era o seu diferencial? No Vasco todos participavam diariamente de treinos técnicos e físicos. Em seu livro O negro no futebol brasileiro Mario Filho escreve: ‘Às vezes, de noite, se a noite era de lua podiam-se ver  os jogadores do Vasco treinando.” Mas havia uma outro diferencial a ser destacado: a origem de seus jogadores. Clubes como Fluminense, Botafogo e Flamengo eram formados por jovens da classe média carioca. O Vasco apresentava  um time de gente negra e parda, operários oriundos da classe pobre, trazidos da periferia da cidade.

A massa sentia-se atraída a acompanhar o Vasco onde quer que fosse, provocando ressentimento dos adversários. Para eles  o Vasco era um estranho no ninho  que, no entanto, vencia e vencia. Assim que tricolores, flamenguistas etc deram-se conta de que iam para os estádios para assistir a derrota dos seus para os ‘camisas pretas’  a coisa mudou de figura. A bronca com os portugueses, gerada por uma onda de xenofobia era que, se não fosse por eles,  aquele time formado por operários, pretos e mulatos não estaria desafiando e vencendo  gente de boa família.

Começou então uma onda de xenofobia e jacobinismo. Ainda Mário Filho: “O português levava a culpa. Pouco importava que o time do Vasco  com seus brancos, pardos, mulatos e negros fosse brasileiríssimo.”

O resto já se sabe. Inexplicável má vontade perdura até hoje contra o clube especialmente na mídia dominante no Rio e, daí para o país,  a ponto de se tentar transferir para outros times toda aura de popularidade e  tradição vanguardista conquistada, em sua origem, pela equalização dos direitos individuais e pela absorção dos desvalidos. Bastou um resultado adverso na copa de 1950 para se iniciar o processo de tentativa de demolição da popularidade do time, (que foi a base dessa seleção brasileira)  escolhendo-se  para bode expiatório  o grande goleiro Barbosa, eternamente considerado culpado pelo revés, por causa de sua negritude.   

Nada disso arrefece o apego de sua torcida ao time apesar de recentes dissabores. Combalido financeiramente à reboque de  administrações desastrosas, peculiares à estrutura avulsa do futebol brasileiro, o Vasco , no entanto, ostenta como patrimônio , além de sua imensa torcida, um estádio de futebol,  São Januário,  que é o único dessa envergadura no país, a  ter sido construído, tijolo por tijolo, com a ajuda apenas do suor de seus  torcedores.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

CASAMENTOS E VIDAS PERDIDAS

645 

O PENSADOR POLITICAMENTE INCORRETO SE DANDO AO LUXO DE COMPLEMENTAR FRASES E PENSAMENTOS 



SINCERO COMO UM NÚMERO

CURTO E GROSSO COMO A MATEMÁTICA 

terça-feira, 13 de julho de 2021

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO BEIJO


 

1.Histórico. A respeito de como surgiu o beijo  os historiadores só têm uma certeza: ninguém sabe como começou.  Os humanos sempre se socorrem da religião para explicar as coisas, mas, evidentemente, Deus desta vez nada teve a ver com isso porque nunca teve parceiros para beijar. Seu filho, sim Jesus Cristo, foi beijado e, através dele, traído, razão pela qual Deus, naturalmente desconfiado, ainda vai passar umas tantas eternidades sem beijos.

Se o inventor do beijo nunca apareceu, muito menos a razão pela qual foi inventado. Teorias e especulações, porém, é o que não falta.  

1.1A teoria do “é bom ser fresco”. Na idade da Pedra a pele da pessoa seria uma rara fonte de sal, sempre à mão. Como o sal retém a água mantendo a temperatura do corpo especula-se que nossos ancestrais tenham começado a se beijar para se manterem frescos. Dá pra acreditar?

2.A teoria dos feronômios sexuais. Todo animal de sangue quente destila hormônios sexuais pela pele. A isso se chama feronômio, o que  desencadeia uma reação instintiva em vários animais.  Ora, nos tempos antigos, quando nosso olfato era bem mais apurado, os feronômios diziam mais de uma pessoa do que qualquer perfil de facebook hoje em dia. Beijar, portanto, acrescentava uma dimensão extra aos tipos de comunicação pelo cheiro.  

3. A teoria da confiança. Muitos cientistas evolutivos confiam em que os primeiros beijos (do tipo usado para cumprimentar) foram atos de confiança e proximidade. Autorizar alguém a ficar junto/beijar significaria mostrar que não havia medo de que o parceiro  mordesse ou atacasse pelas costas. Sendo entre parceiros do mesmo sexo, convenhamos,  era melhor passar por beijoqueiro do que correr o risco de comprometer o fiofó.

2. A história continua

2.1 Três mil anos A.C os adoradores já atiravam beijos a seus deuses, demonstrando que beijos não só eram praticados como jogados para o céu. A quantidade de morticínios e calamidades que se seguiam às oferendas faz acreditar que beijinhos voando não eram muito apreciados nessas alturas.   

2.2 O costume do beijo variava segundo a região e a cultura dos povos. Na Roma antiga o beijo era usado para cumprimentar não apenas amigos ou família, mas também estrangeiros com quem se cruzasse as ruas, ou até mesmo vendedores de porta em porta. Enquanto isso, no Egito mal se ouvia falar de beijos.

Acredita-se que Cleópatra, famosa por muitos e poderosos amantes romanos,  nunca os tenha beijado e talvez por isso deva  tê-los deixado a seus pés. Imagine o fogo de uma princesa que dispensava preliminares!  

2.3 Durante a idade média, na Itália, se um homem beijasse uma mulher em público tinha que se casar com ela. Como seria bom para as  casamenteiras de hoje se esse costume ainda prevalecesse: cada mulher que fosse a uma balada levaria mais de  vinte maridos para casa.

2,4.A grande praga que assolou Londres em 665 DC pôs um fim ao ato popular de beijar. O medo de pegar essa doença fatal fez com que as pessoas começassem a tirar o chapéu, curvar-se, fazer referências e apertar as mãos como novos gestos populares de cumprimento.

Qualquer semelhança aos dias que correm, caro leitor,  não é mera coincidência.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

PABLO VITTAR, O HOMEM IDEAL


 645, 

O PENSADOR POLITICAMENTE INCORRETO DA PANDEMIA 


SINCERO COMO UM NÚMERO

FATAL COMO A MATEMÁTICA 

domingo, 27 de junho de 2021

NORMALFOBIA, O MEDO DE SER NORMAL


 

Claudionor, 55 anos, é um homem normal,  tem boa saúde, tanto assim que tem resistido bem ao surto da Pandemia, mas há algo que passou a incomodá-lo de algum tempo para cá. O medo de algo.

Aprendeu que melaxofobia é medo de amar, grafofobia é medo de escrever à mão, peladofobia é medo de carícias e araquibutirofobia é medo de que a pipoca grude no céu da boca. Medo de quê? Isso mesmo, de que a pipoca grude no céu da boca. Portanto tem gente por aí que não tem medo de feminicidas (tanto assim que são soltos das cadeias com  metade da metade da pena original)  mas tem medo de que a pipoca grude no céu da  boca.

Com tanta celebridade assumindo publicamente suas fobias ( Julia Roberts tem agarofobia, que é medo de espaço aberto, David Beckam tem atoxofobia, medo de desordem e Megan Fox tem ovofobia, que é medo de ovo) Claudionor  começou a desconfiar que sua normalidade fosse anormal, o que tornou sua ida ao psicanalista uma questão de tempo.

 Isso aconteceu após ter dito , numa roda de amigos, que detestava dupla musical sertaneja. Uma mulher do grupo não se conteve, exibindo ares de pavor.

- Como? Juro que não entendi. Você não gosta de música sertaneja? Jorge e Mateus? Simone e Simaria ? Latão e Sucata?

- Tentei fazer com que meus ouvidos se acostumassem, mas desisti. É muito ruim!

-Não acredito que estou ouvindo isso! Juro que estou com medo de você!

Estupefato, Claudionor olhou ao redor pedindo um socorro que não veio. Pelo contrário, alguém o interpelou.

- Não só ela, todos nós estamos com medo de você. Como é possível alguém normal não gostar de música de dupla sertaneja?

Depois dessa Claudionor correu para o analista. A sessão,  surpreendeu pelo diagnóstico rápido e preciso

- Você está sofrendo de uma psicose moderna, pós-pandemia  Claudionor.

-Como?

- Você teve o azar de continuar normal, mesmo após tudo que aconteceu. Mas não se preocupe,  todos nós fomos infectados e   temos uma fobia

- E como se chama a minha?

- Ainda não está catalogada, mas poderíamos chama-la de NORMALFOBIA, o medo de ser normal.

- E você  aconselharia algum tipo de tratamento?

- Que tal um pouco de loucura, de vez em quando?

terça-feira, 15 de junho de 2021

FEMINICIDAS SOLTOS E À SOLTA


 




645 o Pensador Politicamente Incorreto da Pandemia 

Sincero como um número
Direto como a Matemática 

terça-feira, 8 de junho de 2021

A VIDA É SEDE.


 645, O PENSADOR POLITICAMENTE INCORRETO DA PANDEMIA


SINCERO COMO UM NÚMERO

SUTIL COMO A MATEMÁTICA 


Hoje escolhe a frase do dia para refletir sobre a Vida e...

A Morte 

sábado, 5 de junho de 2021

O ENCONTRO DE LULA E BOLSONARO NO INFERNO


 artigo publicado no jornal O estadoma


Estamos no futuro, daqui a 50 anos. Na fila para entrar no inferno e serem julgados chegou a vez de Lula e Bolsonaro. Não havendo mais lugar para tantas almas pecaminosas o remédio foi esperar.  A solução, para Satanás, rei do inferno,  tem sido  recorrer a Deus e pedir vagas no purgatório para evitar o congestionamento.

Embora tenham solicitado habeas corpus e recorrido ao STF do inferno, Satanás  preferiu entrevistar os dois e dar, ele mesmo, o veredito final.

1.Satanás: “Sei que ambos são inimigos. Por acaso, algum de vocês consegue enxergar algum mérito no outro”.

Bolsonaro. A única virtude dele foi ter cortado o seu dedo quando era torneiro-mecânico. O que prova que era tão ruim como torneiro-mecânico  como presidente.

Lula. Reconheço nela a virtude de ter tentado tocar fogo no quartel onde trabalhava. Mas nem para incendiário ele serviu.

2.Satanás: “Caso vocês venham mesmo para cá como desejariam que a vida lhes fosse aliviada?

Lula. Uma boa cachacinha, seria  uma boa. 

Bolsonaro. Uma boa arma para praticar tiro ao alvo, seja com quem for. Mas, por favor, não me venha com foice.

3. Satanás. “Se um dia vocês me sucedessem no  comando do inferno, o que, vocês fariam de imediato?.’

Bolsonaro. Liberaria o porte de armas para todos, inclusive para os diabinhos de um ano e meio.

Lula. Criaria  o  bolsa-família. E botaria  meu filho Lulinha para tomar conta do dinheiro. 

4.Satanás: “O que ambos pensam de Deus?”

Lula. Imagino que seja um velhinho  gente boa, quase tão honesto quanto eu.

Bolsonaro. Até que eu gostava dele, antes de  ele ter chamado o Papa Francisco para o céu antes de mim .

5.Satanás: “ Qual l foi a maior mentira de seu adversário, enquanto vivo?”

Lula. Ele ter negado que  foi miliciano.

Bolsonaro. Ele ter negado que roubou.

8.Satanás: “Que grande fato na biografia de seu opositor chegou a lhe entusiasmar?

Lula. A facada. Mas não foi bem dada.

Bolsonaro. A tornozeleira eletrônica. Pena que ele usou por pouco tempo.

9. Satanás: “Qual seria a solução de vocês para recuperar as atuais finanças do inferno, que vão muito mal?”

Lula. Tentar vender o fogo do inferno. Segundo minha amiga Dilma, fogo é energia e como se desperdiça muito fogo aqui poderia  ser melhor aproveitado.

Bolsonaro. Vender os chifres  que os diabos têm na cabeça para os marmanjos da Terra. Por lá  o que não falta é corno precisando de um enfeite.

Entusiasmado com o que acabou de ouvir Satanás tomou uma decisão: arranjou-lhes de imediato, uma vaga na sua confraria.  


segunda-feira, 31 de maio de 2021

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO PALAVRÃO


Imagine o tédio de uma  eternidade sem tempo e sem espaço. Sem   celular para se distrair e sem alguém para xingar nas redes sociais . Pior, muito pior que isso:  sem  vivalma, nem pensamento, nem matéria. Só Deus e Deus.   

Sentia vontade de reclamar para alguém, mas não havia. Como    reclamar se ele era o próprio Deus? Até que um dia não aguentou, e sentiu o impulso , muito natural - até para Deus- de mandar tudo à ....Puta que pariu. Mandou.

A dúvida é se teria sido esse o palavrão inicial, ou teria sido outro: Merda, Porra, Putaria, Vida fodida...? Ninguém sabe. O que se sabe é que Deus  xingou pela primeira vez e foi então que aconteceu  o big-bang, uma explosão divina e infinita,  decorrente de um tédio eterno.

Hoje,  para a Ciência,  pouca dúvida resta de que o Universo nasceu por causa de um palavrão.

2.Depois disso o palavrão adormeceu em sono profundo até que bilhões de anos depois nasceram Adão e Eva, à imagem e semelhança de Deus  A partir daí , como se sabe, foi palavrão pra tudo quanto é lado  até porque nenhum ser humano nasce sem que se fale um palavrão (carinhoso, vá lá!) na hora do paroxismo sexual.

É fácil admitir,  até se chegar à definição de Antônio Houaiss de que um palavrão trata-se de uma palavra “obscena e grosseira”,  que o palavrão obedeceu a um princípio evolutivo paralelo ao do homem. Como não tinham a sonoridade de hoje, é óbvio que os palavrões emitidos por nossos ancestrais com cara e jeito de macacos eram berros e grunhidos, tanto mais ofensivos quanto mais elevados eram.

Sim, porque a humanidade jamais prescindiu  de um bom palavrão. Como hoje demonstra a ciência, um palavrão é libertador. Embora isso possa até ser tido como uma blasfêmia ou exagero, a verdade é que falar palavrão faz um  puta de um bem pra caralho porque os palavrões estão na parte animalesca e mais primitiva de nosso cérebro. Quando os soltamos revelamos aquilo que é da nossa natureza animal.

3. Houve tempo em que  os piores impropérios eram de outras categorias. Como a religião tinha um papel mais destacado no cotidiano das pessoas especialmente durante a Idade Média 476 a 1456 d.c não havia nada pior que desejar que seu interlocutor fosse para o inferno ou coisas afins. Com o passar do tempo isso foi mudando e a secularização fez com que esse tipo de injúria se tornasse menos ofensivo. Se hoje poucas pessoas acreditam em Deus quanto mais no inferno! Então mandar conhecer o tinhoso, o capeta, Lúcifer, sete-pele, cão, canhoto, satanás, perdeu o impacto.

Recente reunião ministerial, em gravação que se tornou pública, mostra o quanto o palavrão chegou às altas esferas. Em pouco mais de duas horas o presidente Bolsonaro emitiu uma preciosa coleção: 8 porras, 7 bostas, 5 merdas, 4 putarias, 2 foder, 2 puta que o pariu, 2 filhos da puta e 1 cacete.

Hoje o grande  receio da ciência é justamente esse: o palavrão virar palavrinha e tolher o homem de sua mais preciosa  válvula de escape conhecida. Nos pavorosos tempos atuais procura-se por um palavrão forte, impactante, imponente e  abrangente para xingar o Covid 19, a OMS, a falta de vacinas etc. e não se encontra!

Conclusão: A falta de um bom palavrão é pior que uma pandemia! 

domingo, 23 de maio de 2021

MARYLIN MONROE OU SOFIA LOREN? ( NA HORA DA ESCOLHA)


 

Você não escolheu viver, escolheram por você. Tampouco vai escolher a hora de morrer. No entanto... A todo instante  lhe colocam diante de uma escolha. É pegar ou largar:

Beatles ou  Rolling Stones? Beatles. Tá certo  que o líder dos Beatles, John Lennon,  terminou seus dias com uma japonesa que tinha a bunda mais triste que a dele, mas o líder dos Rolling Stones , Jagger, não podia ter vacilado com uma perua insossa e ardilosa como Luciana Gimenez. Não pega bem a um líder do rock. Messi ou Maradona? Pelé. Mil vezes mil gols de  Pelé. Liz Taylor ou Marilyn Monroe? Beleza  plácida versus beleza sensual,  vou de MM. Marilyn Monroe  ou Sofia Loren? La Loren, a mulher todas as belezas do mundo, inclusive a sensual. Guimarães Rosa ou Graciliano Ramos? Graciliano Ramos porque não travestia sua escrita de artifícios como neologismos e não escrevia histórias inverossímeis de travestis como Grande Sertão (como disse Dalton Trevisan). Carlos Drummond de Andrade ou João Cabral de Melo Neto? João Cabral. João Cabral  ou Manuel Bandeira? Bandeira, porque dá passagem de ida e volta pra Pasárgada.  Jazz ou Bolero? Bolero, e , de quebra, o de Ravel. Funk ou Forró? Forró.  Funk ou dupla sertaneja?  Funk. Nada pode existir em matéria de música pior que musica de dupla sertaneja.

Bolsonaro ou Lula? A que ponto nos reduziram, nos ulularam e nos embolsaram! Voto em branco,  perco meu título, mas não voto. Faroeste ou Drama? Faroeste com drama. Os brutos também amam ou Os imperdoáveis? Os brutos também amam, porque o título original em inglês Shane, é imperdoável perto da versão. Ben-Hur ou Espártaco? Bem-Hur. Espártaco foi um grande épico, mas antes de começar já se sabia o final, e Ben-Hur tinha uma corrida de bigas que até hoje dá de dez a zero em qualquer corrida de fórmula um. Ayrton Sena ou Nelson Piquet? Nelson Piquet, porque nunca fez média com os desinformados da imprensa como Galvão Bueno, e corria melhor que Sena, tanto assim que não morreu.

Noel Rosa ou Chico Buarque? Até 28 anos, quando morreu, Noel Rosa já ganhava,  pois compunha mais e melhor. Isso sem queixo e sem esperar o começo do segundo tempo, sacado que foi do jogo da vida muito cedo.  Carnaval ou Bumba-Boi? Bumba-Boi, na época em que ainda não tinha virado Carnaval e Carnaval na época em que não tinha virado Bumba-Boi. Bumba-Boi do Maranhão ou do Amazonas? Ué, e aquilo lá na Amazônia  que chamam de bumba-boi não é carnaval? Jardineira ou Máscara Negra? Carmem Miranda cantando Camisa Listrada, de Assis Valente. Roberto Carlos ou Caetano Veloso? Roberto Carlos na época em que ainda não tinha virado Roberto Carlos e cantava Quero que vá tudo pro  inferno. Picasso ou Van Gogh? Van Gogh. Van Gogh ou Modigliani? Modigliani que não cortou a orelha,  mas vazava os olhos das modelos que pintava tornando-as muito mais belas. CPI ou CDB? Se você não é político da oposição e não pode investir em CPI  o melhor é CDB. CDB ou Bolsa? Ambos. Se as periguetes aplicarem na bolsa certa do Corno Debilóide Babaca jamais se arrependerão.

Centro ou Shopping Center? Em qualquer lugar do mundo, Centro, mil vezes os centros. Montagne dizia que toda infelicidade do ser humano deriva de sua da incapacidade de ficar sozinho em seu próprio quarto. Pois é, o infeliz de hoje troca o confinamento do seu próprio quarto por outro  de um quarto muito maior denominado Shopping. 

quinta-feira, 13 de maio de 2021

RAIOS PARA TODOS OS LADOS


 


645 O FILÓSOFO POLITICAMENTE INCORRETO DA PANDEMIA 


SINCERO COMO UM NÚMERO 

CERTEIRO COMO A MATEMÁTICA 

quinta-feira, 6 de maio de 2021

AS BACTÉRIAS DO BEIJO


 645 O PENSADOR POLITICAMENTE INCORRETO DA PANDEMIA , SE DEPARA COM OS MILHÕES DE BACTÉRIAS DE UM BEIJO E, PREOCUPADO COM A PANDEMIA, ALERTA OS INCAUTOS


SINCERO COMO UM NÚMERO 

CORDIAL COMO A MATEMÁTICA 

segunda-feira, 3 de maio de 2021



645  O PENSADOR POLITICAMENTE INCORRETO DA PANDEMIA 

REFLETE SOBRE A INTELIGÊNCIA HUMANA COMPARANDO-A

AO SEU MAIOR INIMIGO ATUAL, UM VÍRUS , QUE NÃO SE TRATA

SEQUER DE UM SER VIVO 


DIRETO COMO UM NÚMERO

SINCERO COMO A MATEMÁTICA 
 

sábado, 1 de maio de 2021

LIÇÕES DE JURIDIQUÊS


 

É recorrente a frase, oriunda da sabedoria popular, que diz que tudo no Brasil acaba em pizza. A Pandemia, que alterou tanta coisa, fez isso mudar também:  O que acabava em pizza agora acaba no STF.  

É nessas horas, leitor,  que surge a necessidade de praticar mais  seu  juridiquês, quando mais não seja, até para se defender, já que esse linguajar via de regra é ininteligível – para os próprios advogados -. Enfim, é melhor tentar entender o que eles dizem porque mais dia,  menos dia ,você vai acabar por lá. Quem sabe, servido como pizza.

1.Persona non grata.

Pessoa cuja presença não é desejada em determinado local ou ambiente. Para um entendimento rápido, por exemplo, pode-se dizer que, de uns tempos para cá, Persona Non Grata maior do que a Covid 19 não existe. Alguns dirão que o exemplo força a barra , já que o Covid não é uma pessoa.

Certo, um Covid  nem ser vivo é, portanto  é um quase nada . Mas, justamente por isso, se um quase nada enche de pavor aquele que tudo se arroga ( o homem) é porque   tem que ser respeitado. Latim, nele.

2.Álibi.

Palavra muito comum, não só no meio jurídico, como no meio sentimental. Toda adúltera, não é de hoje que precisa de um bom álibi se apanhada no flagra. Indo mais longe, desde que o mundo começou todo mundo tem um álibi. Até Deus, arranjou um álibi perfeito para se justificar a si mesmo, por ter deixado evoluir um mundo nascido tão torto e complicado: A depressão pós-parto.

3.De facto e de Jure.

Traduzida ao pé da letra, significa de fato e de direito, o que, num país conturbado como o nosso, opõe uma expressão a outra.  Neste país, o que é de fato não é de direito e vice-versa. Isso se aplica até para as leis e a Justiça. O STF, por exemplo,  é constituído por ministros que são de facto (pelo menos se vestem como tal) , mas , seriam também de Jure? Penso  que não,  se chegaram lá por favores  políticos.

4.In Camera.

Diz-se do caso judicial analisado no privado, sem público e sem imprensa,  o que se tornou coisa rara no mundo pós-pandêmico. Hoje, cada julgamento parece mais uma sessão do BBBrasil com os ministros do STF se comportando como brothers, ávidos por um segundo a mais de fama. A diferença é que um brother quando acaba a sessão  vira exBBB;  já um ministro, aconteça o que acontecer, permanecerá ministro ad eternum.

6.Modus Operandi.

Diz-se de uma maneira comum, quase um padrão, de operacionalizar certo tipo de crime, tão semelhantes nas ações, que nos levam a  concluir que poderiam ser cometidos por um só autor.

Como exemplo prático, no Brasil, o Modus Operandi dos crimes contra a corrupção jamais se altera, mesmo nas vezes em que se tenta interrompê-los, obedecendo sempre à mesma sequencia: 1.Aliciamento. 2.Propina. 3.Roubo. 4.Milhões no Bolso. 5.Denúncia. 6.Prisão. 7.Álibi. 8.Pedido de habeas Corpus 8.Recorrência à primeira instância. 9.Recorrência à segunda, terceira, quarta...até onde for possível. 10.STF. 11.Liberdade. 12.Aplausos. 13.Dinheiro de volta. 14.A Nação  e os pobres que se fodam!.  


terça-feira, 27 de abril de 2021

O FIM DO BBBrasil


 645 O PENSADOR POLITICAMENTE INCORRETO DA PANDEMIA COMENTA O ASSUNTO DO DIA  E EXPLICA EM PRIMEIRA MÃO O QUE VAI ACONTECER  DEPOIS 



645 É SINCERO COMO UM NÚMERO

EXATO COMO A MATEMÁTICA 

terça-feira, 20 de abril de 2021

A VIDA ÚTIL DE UM CAIXÃO DE DEFUNTOS


 artigo publicado no jornal O estado do Maranhão 


1.Vida Ùtil de uma cirurgia estética.

Hoje vale muito pouco. Uma implantação de botox  só tem de serventia o tempo do cliente se contemplar num espelho e olhe lá. Sim, porque, coberto com uma máscara, todo mundo estará cagando e andando para seu rosto novo. Mesmo se você tirar uma foto e postar nas redes sociais para exibir-se logo aparecerá alguém para dizer que é fake-news.

2.Vida Útil de uma aliança de casamento.

Como a quantidade de casamentos diminuiu muito e a possibilidade de realiza-los mais ainda., se você ganhou uma aliança de presente, é melhor tentar trocá-la por um quilo de filé. O lucro será seu.

3.Vida Útil de um marido.

O processo de revisão desse item sempre aponta para mais baixo. Antes da Pandemia a vida útil de um marido durava o tempo de a mulher engravidar e ter um filho. Hoje em dia, ninguém dá nada por um marido. Se estiver desempregado, então nem se fala.

4.Vida Útil de um sorriso.

Escondido atrás de uma máscara, sua cotação na bolsa de valores caiu e nem adianta esticar a boca. Claro que os puxa sacos continuarão dando  um jeito de tirar a máscara na hora de sorrir para o chefe, mas, cuidado!, esse  ato inseguro  pode dar demissão por justa causa.

5.Vida Útil de um pacote de viagens.

Sua validade está mais baixa que a temperatura dos lugares para onde você iria  (Canadá, Finlândia, etc) doido para aparecer no meio da neve , com cobertores do tamanho de seu buxo e fazendo de conta que está morrendo de felicidade.

Se ainda der tempo troque por uma viagem à Saçoitá, em Cedral. Compre uma choupana por lá e terá  Vitamina D,  de graça, o resto da vida para melhor espantar Covide .   

6.Vida Útil de um caixão de defunto.

Esse sim, se valorizou. Nestes dias de escassez é melhor prevenir do que remediar comprando imediatamente o seu e evitando que seus filhos o  xinguem para o resto da vida pela despesa que deixou.  Lembre-se da frase dos cemitérios: “Nós, os ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. Cumpra sua parte e siga em frente.

7.Vida Útil de um álbum de fotos .

Aumentou muito.  Sem novidades para postar nas redes, o que tem de gente publicando suas fotos, escondidas no baú, não para de crescer. Só não se empolgue com a recepção a suas fotos infantis abraçando animaizinhos. As repetições de “Tão  bonitinho!”, referem-se ao  animal, não a você.”

8.Vida Útil de um animal de estimação.

            Sua cotação aumentou baseando-se  na experiência pandêmica que diz : “Para espantar a solidão, melhor um animal de quatro patas  na mão, do que um de duas  arrodeando.”

9.A Vida Útil da vida.

Segundo a Globo a vida útil da vida já caiu. Deu no JN que a vida média do brasileiro  decresceu 2 anos depois da Pandemia.

Porém, pensando bem, essa notícia induz ao contrário, porque  quanto menos vida tivermos  para viver mais valor devemos dar à parte que sobra.  

È cumprir  a orientação bíblica “ Ajude-te que o céu te ajudará!”,  tomar seus remédios (desde que seu médico os  aprovem) e vender caro o resto de vida que você tem. “Não se imobilize à espera da morte”.