domingo, 20 de março de 2011

SOBRE A CORRUPTOLOGIA

artigo publicado na seção Hoje é dia de...
Caderno Alternativo, jornal O Estado do Maranhão, sábado

S

ASOBRE A CORRUPTOLOGIA

Jose Ewerton Neto

ewerton.neto@hotmail.com

A Corruptologia, conjunto de experiências brasileiras, que estuda a corrupção e suas variações, demorou a ser aceita como ciência. A primeira grande dificuldade, na época foi explicada pelo chamado Paradoxo de Eurico, um dos mais notáveis contestadores desses estudos: “Se nenhum ser humano é incorruptível, a Corruptologia não passa de um embuste, pois sempre repousa sob uma suspeita de corrupção”.

O enunciado do tal paradoxo, amplamente divulgado e debatido na comunidade científica, comprometeu sua implantação até que Eurico resolveu se calar em definitivo – segundo dizem, foi comprado por cinqüenta mil dólares. Orestes Trinta e Três (assim chamado porque, como Judas, cobrava trinta e três de comissão), paulista, pastor, ex-candidato a síndico de condomínio e a deputado, criador e divulgador dessa nova ciência anunciou, então, o famoso “Corolário do Teorema do Agulha”.

Diante da verdade bíblica que diz “É mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”, por ele tratada como um teorema, Orestes anunciou o seu corolário, complementando: “Menos no Brasil, porque por aqui até as agulhas são corrompidas.”

A infalibilidade dessa lei fez com que a nova Ciência superasse preconceitos, inclusive a de ser confundida com Politicologia. Orestes Trinta e Três mais uma vez teve de entrar em ação para concluir que a Politicologia nunca chegará a ser uma ciência , embora permaneça uma fonte inesgotável de estudos para a Corruptologia. E expôs, encerrando o assunto, a diferença fundamental entre as mesmas, baseando-se no postulado de Mal-uf, outro grande estudioso da matéria: “ Todo politicólogo é corrupto, mas nem todo corrupto é politicólogo”.

Seguem alguns princípios fundamentais:.

1. No Brasil todo corrupto fica rico.

Corolários:

1.1 Todo honesto morre pobre.

1.2 Pobreza e Honestidade, no Brasil, combinam com banco de escola. Riqueza e corrupção, com outro tipo de banco.

1.3 Quanto menos o corrupto vale, mais caro custa.

2. Corrupto no Brasil nunca fica atrás das grades

Corolários:

2.1 A não ser das grades de suas mansões.

2.2 A única cadeia com que corrupto convive, no Brasil, é cadeia de lojas.

2.3 Todo corrupto no Brasil está “acima” de qualquer suspeita. Para isso, primeiro compra um apartamento de cobertura, depois um avião.

3. Lavoisier aplicado à Corruptologia: “No Brasil nada se perde, nada se cria, tudo se transforma... em mensalão.

Corolários:

3.1 Newton aplicado à Corruptologia: “Grana atrai grana, na razão direta da impunidade dos canalhas e inversa do quadrado da honestidade dos seus ideais.

Como elogio ao trabalho árduo desenvolvido por Orestes deve-se, finalizando, acrescentar que ele, como todo grande estudioso, está constantemente atualizando-se. Eis que diante, da recente tragédia japonesa já anunciou, pela Internet, uma nova lei para a Corruptologia, por ele denominada Lei do Tsunami. www.corruptologiaorestes.com

“NENHUM PAÍS É MAIS DIGNO DE SUA TRAGÉDIA DO QUE AQUELE QUE CRIA SEU PRÓPRIO TSUNAMI. NO BRASIL SE CHAMA CORRUPÇÃO.”

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