ALCE
AMERICANO... ÍNDIO
José
Ewerton Neto
Alce
americano...Índio
Amo
tanta coisa, tanta gente
Eu
devo ir, o nevoeiro está aumentando
Por
que ninguém me entende?
Um
belo poema, não, caro leitor?
Talvez
feito pela I.A, em um lance de sorte dessa coleta algorítmica, grandiosa mas insípida, que raramente se
traduz em um efeito poético minimamente apreciável, como esse. Talvez, por outro lado,
seja a reprodução de um desses poemas que povoam os raros cadernos literários, impressos ou virtuais, que pululam atualmente dentro da net, em que o
conteúdo hermético dos poemas, se
confundindo com a falta absoluta de sentido, é
suficiente para merecer o destaque que lhes dão seus redatores.
Mas,
singularmente, neste, há que se destacar o pungente, o inesperado, o comovente
e o absurdo etc. ingredientes que, como se sabe, são mais do que suficientes
para o traçado de um bom poema.
Afora
o fato de ter sido falado por 4 grandes autores. ( Já ia dizer escrito, mas
teria sido melhor dizer, com maior precisão, murmurado)
Sim,
caro leitor, porque acima não está exatamente uma poesia, mas uma coletânea aleatória de murmúrios de geniais autores prestes a partir.
Assim
é que estão reproduzidos acima os últimos suspiros pronunciados pelas bocas de Henry
Thoreau “ Alce americano...Índio “; Leon Tolstói “ Amo tanta coisa, tanta
gente...” Emily Dickson “ Eu devo ir, o nevoeiro está aumentando” e James Joyce
“ Por que ninguém me entende?”, curiosamente compondo um retrato ao mesmo tempo
suave e denso, terno e dilacerante, delicado e pungente da existência humana,
tão absurda – como disse Clarice
Lispector - em seu definitivo uivo.
Mas
um poema com certeza, já que toda trajetória humana, mesmo a mais
insignificante para a história, é um
poema. E, com maior razão, a desses autores, todos eles, capazes um dia de: “ Ora, direis, ouvir estrelas!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário