domingo, 5 de agosto de 2012

UM A-B-C BEM HUMORADO





O A-B-C BEM HUMORADO DE SÃO LUÍS (4)



                                                                                             
           
            Para que ficar mal-humorado com as musiquinhas de propaganda política que começaram a infernizar nossos ouvidos a partir de Agosto? Com certeza, essas não entraram A-Gosto e a coisa vai piorar ainda mais com o horário eleitoral gratuito.
            Para compensar segue, em sua quarta edição, o A-B-C BEM HUMORADO DE SÃO LUÍS, sempre na “cola” dos livros sobre expressões idiomáticas maranhenses de J.R.Martins e José Neres.                                   
                       


            1.Vender Toicinho – Expressão usada quando parte da combinação ou anágua aparecia debaixo da saia. Ficou definitivamente fora de moda depois que o toicinho “hoje mais conhecido como cofrinho” passou a surgir, ao vivo, ao invés de por baixo da anágua, por cima das calças de cós baixo das maranhenses espevitadas.

            2.Vender cocada – Acompanhar casal de namorados, segurar velas. A evolução dos costumes está fazendo com que gradativamente a expressão esteja mudando para vender coca. (Há muito tempo que deixou de ser entediante  acompanhar casais de mauricinhos e patricinhas depois das baladas : nada como um pouco de coca...ína para a suruba ser completa!)

            3.Um cu de boi – Confusão generalizada; algo muito difícil de entender. Tudo teria começado quando era muito comum, após o chifre, a confusão. Se já havia o boi e o chifre só faltava a confusão, ou melhor , o cu  do boi.  

                                                                        

            4.Tomar gosto – Dirigir-se a alguém desrespeitosamente. As meninas de hoje já não ligam muito para isso. Quando alguém toma gosto, elas gostam tanto que até sugerem o sabor: “Quer de cupuaçu ou de murici?”

            5.Tirar o pé do lodo - Subir na vida, lograr êxito em alguma coisa. Como comprovam os fatos para os lados do Congresso Nacional, por lá, tira-se o pé do lodo  mas a cachoeira fica.




            6.Só quer ser. Diz-se da pessoa que quer ser mais que as outras. Versão popular maranhense do dilema existencial britânico,  ‘ser ou não ser’ de Shakespeare. À exceção dos corruptos e agiotas da terra que mandam matar e roubam mas não querem ser o que são, por aqui, todo mundo que só quer ser,  não é.

            7.Tirar do cu com gancho – Conseguir algo com muita dificuldade. Parece que hoje em dia a coisa já não está tão difícil assim, de forma que a versão vice-versa da expressão anda mais realista.  

                                                                        

            8.Quero ser pira de cachorro. Expressão cada vez mais em desuso e que era empregada antigamente para reforçar a verdade de certas afirmações. Dizem que, literalmente,  hoje tem cachorrinho de  madame que está passando muito melhor do que funcionário público maranhense, após a transferência  do Hospital do Ipem para a cidade Operária. Vale mais a pena ser pira de cachorro.

            9.Pedir pepeú – Pedir clemência. Teria evoluído como uma corruptela da expressão pedir papel. Diarréia sem papel (higiênico ou qualquer outro)  é fogo!

            10.Necas de pitibiriba. Negativo, sem nada, absolutamente não. Difícil descobrir de onde teria surgido inspiração para tal expressão, onde se conseguiu extrair o máximo universal da negatividade do nada. Exemplo prático: “Descobriram a Partícula de Deus? Necas de pitiriba” E estamos conversados...                                                                                              ewerton.neto@hotmail.com
                                               http:///www.joseewertonneto@blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário