“Gosto de grilos, mas recomendo as larvas da mariposa, que
são as minhas favoritas. Para insetos mais selvagens prefiro saborear cupins formigas e gafanhotos”. David
Gordon, biólogo
Recente
reportagem da revista Superinteressante oferece sete razões para comer insetos.
Entre elas estão energia, economia, limpeza ( o nojo que você sente é relativo)
etc.O cientista acima citado, escreveu, inclusive um livro com suas receitas de
insetos mais apreciadas, que está fazendo muito sucesso em restaurantes
chiques.
Se
muita gente torce o nariz para tal preferência,
nada como conhecer alguns deles (e outros artrópodes) quando mais não
seja para acrescentar mais uma oitava razão para gostar de comê-los: vingança. A maioria deles acha muito saborosa a carne humana.
1.
Escaravelho. Muita gente o conhece como besouro, mas existem diferenças. A
primeira é que estes são muito mais pesados e voam de maneira muito barulhenta
e desengonçada. (Imagine um trio
elétrico querendo voar). O mais forte deles,
chamado de Hercules consegue levantar 850 vezes o próprio peso, o que é raro no
reino animal. Se você é halterofilista e ficou empolgado com esse desempenho,
hesite um pouco antes de seguir sua dieta de robustez, à base de fezes e
porcarias. Não confunda: Escaravelho é escaravelho e não escarra-em-velho, como
certos halterofilistas, bombados e
mal-educados.
2. Barata. Se
você é daqueles que morre de medo de barata agradeça a Deus pela sua sorte. Das
4 mil espécies que existem no mundo apenas 1% vivem ao seu redor. Portanto,
pode respirar aliviado, coisa que, aliás, a coitada tenta fazer quando, prestes
a morrer, fica de barriga para cima. Ao
contrário do que você pensa ela não está
gozando de sua cara ridicularizando sua ‘imortal’ incompetência em matá-la, mas
só está tentando respirar melhor antes
de morrer. Isso é raro, mas, às vezes,
acontece.
3. Viúva
Negra. É a aranha mais famosa que existe (virou até atriz de cinema), mas tanta
fama não provêm apenas da sua cor, como
também do fato de comer (literalmente ) o macho depois do ato sexual. Como todo
mundo sabe entre as aranhas e as
mulheres existe muita coisa em comum, mas, quanto a esse talento é
necessário diferenciar as fêmeas humanas: estas, quando muito, depois que comem os
machos, os deixam completamente lisos - não
chegam a devorá-los.
4. O Tatuzinho
de Quintal. Coitado do tatuzinho de quintal! Ninguém dá bola para ele , embora
também seja... Um Tatu-Bola. Todo mundo que cuida de jardim já os percebeu,
enroladinhos, como uma bola. Os coitadinhos – que fazer? - se enrolam assim
para se proteger, perder menos água, manter o abdome úmido e poder respirar.
Têm no máximo 3 cm. e, agora, depois que o Tatu-Bola foi promovido a símbolo da
Copa, estão mais encolhidinhos ainda. É que não engoliram tanta discriminação
só porque são escurinhos, tímidos e menores. Ah, como o tatuzinho de quintal
gostaria que as cotas que os políticos brasileiros inventam fossem para todos os
animais e não apenas para poucos (humanos ) privilegiados!
5. Escorpião.
O escorpião é um bicho raivoso e perigoso. O nome já diz tudo já que, ao invés
de ter um corpão, têm o que poderia perfeitamente se chamar corpião, ou seja,
na parte de trás do abdome uma espécie de cauda com um ferrão que pode matar
uma criança em poucas horas. Bote horroroso nisso!
Sem essa,
porém, de que os escorpiões se matam quando estão rodeados de fogo. O que
acontece é que eles perdem água muito
rápido, o que os faz contorcerem-se. Portanto,
essa é mais uma lenda do mundo dos homens
aplicada aos bichos. Comprovadamente, o
único animal que se mata – não com fogo, mas quando está de fogo – é o homem,
pelas ruas e estradas da vida.
6. A craca. Eis aí um ser vivo muito esquisito. (Parece até o trânsito
de São Luis, já que nunca sai do lugar). Desde que nasce se fixa numa rocha ou
num pedaço de madeira e aí fica. O negócio dela é não ser perturbada, tanto assim que , não
satisfeita em se isolar totalmente, ainda enche de cimento em volta de si para
evitar qualquer possibilidade de aproximação. Vai querer exclusividade assim...Não
no raio que os parta, mas numa pedra – que um raio nunca vai partir.
Essa vocação,
de não querer aproximação de ninguém, às vezes faz lembrar o atendimento atual da Caixa
Econômica, onde colocaram paredes de vidro opacas para não ofender seus caixas
com a visão dos clientes. Como a Caixa Econômica Federal, que é de todos os
brasileiros, resolveu patrocinar um único time de São Paulo, o Corintians, despejando milhões de reais suados de seus
contribuinte nas mãos de um grupo privilegiado de jogadores de futebol, faz
desconfiar que para os lados de sua gerência estão confundindo
alhos com bugalhos. Ou melhor, cracas com craques.
http://www.joseewertonneto.blogspot.com
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