sábado, 18 de julho de 2020

O.M.S ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO SUSTO.




artigo publicado no jornal O estado do Maranhão


DO JEITO QUE AS MÃES RALHAVAM


Observem como as recomendações repetitivas e monocórdias da OMS ( que um amigo jornalista chama de Organização Mundial do Susto) se parecem com as falas de nossas mães, avós, tetravós,  não só nos seus  objetivos de nos antecipar proteção  como também no mesmo jeito das suas cantilenas imemoriais.
São os conselhos óbvios, elementares e necessários, como se estivessem ralhando com a gente, de nossas mães.  Mas, no caso da Pandemia, ausentes de uma solução,  que nunca se  esperaria  de uma intuitiva mãe - ansiosa por proteger suas crias, mas, obviamente, de uma organização Global dotada de vultosos recursos financeiros  e de inteligências científicas escolhidas a dedo para que , pelo menos em tese, fossem capazes de trazer soluções menos triviais do que apenas exortações de fuga e recolhimento.
Na prática,  repetem-se tanto as notícias pavorosas todo dia,  que nosso amigo acabou associando a OMS a uma agência disseminadora de pavor. Sei que alguém pode contrapor, com justa razão: “Como falar de notícias boas, se a realidade é tão cruel?” Sem dúvida, temos  de concordar com isso, mas com o passar do tempo e a ausência total de soluções é fácil intuir que deve haver algo deletério  nos alicerces dessa instituição para que, visivelmente,  exiba tanta  incapacidade de conduzir e orientar  soluções que façam frente  a epidemias desse porte.
Era de se esperar  estudos técnicos conclusivos sobre, por exemplo:  influência do clima;  remédios promissores ou nocivos;  perspectivas de curto e médio prazo etc. Mas o que sobressai são líderes atarantados que agem como vítimas, incapazes de se pronunciarem adequadamente sobre o manancial de dados colhidos, resumindo-se a lamentar os fatos e apontar os dedos como se fizessem parte, realmente, de  uma organização assustada e sem rumo.
E, assim, repetem as nossas mães sem serem dotados, sequer, do afeto e da empatia que ela  possuem. Basta comparar suas falas para vermos as semelhanças. A OMS, como mãe. O homem do povo, como o filho que responde.  

1.”Lá em casa, a gente conversa”.
Certo  mamãe OMS. Mas, primeiro preciso, pelo menos, ter uma casa.

2.”Você não faz mais que sua obrigação ao se proteger”.
Com certeza, mamãe OMS. Mas se minha obrigação é a de me proteger, a da senhora deveria ser a de estar propondo soluções, que já vão tarde. Ou não?

3.”Repete isso que você falou”.
Quem repete todo dia a mesma cantilena “Vá pra casa”, é a senhora. Quando  vai dizer  algo diferente ?

4.”Quantas vezes terei que falar?
Não sei, mamãe OMS. Só espero que não seja por toda a eternidade, como a senhora parece agourar. Rezo que seja antes de morrermos todos.

5.”Se você não guardar suas porcarias, vou jogar no lixo”.
O que aprendi mamãe OMS, é que nós, seres humanos,  não passamos de grandes porcarias, frágeis e indefesas diante de um minúsculo vírus. Quanto a jogar-nos no lixo, a verdade é que essa pandemia já nos jogou lá dentro há muito tempo.

6.”Se eu for aí e achar, esfrego em sua cara”.
A senhora está falando da máscara, mamãe OMS? Fique certa de que ela está em minha  cara há tanto tempo que não sei mais como era antes.


josé Ewerton Neto é autor de O entrevistador de lendas 


Primeira novela de ficção científica sobre lendas maranhenses. Ação, aventura, e, de quebra, conhecimento! Agora em segunda edição. 

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