domingo, 20 de junho de 2010

A COPA É DAS MULHERES

A COPA É DAS MULHERES

José Ewerton Neto, membro da AML, acaba de lançar O infinito em minhas mãos.


ewerton.neto@hotmail.com






Foi-se o tempo em que, para os homens, a copa era dos homens e a cozinha das mulheres. Depois do brilho de Marta no futebol feminino, da bela Renata Fan e outras como comentaristas, e de mulheres bandeirinhas que, entre um impedimento mal marcado e outro, posam para revistas pornôs, o Brasil deixou de ser durante a copa a Pátria de Chuteiras para tornar-se também a Pátria de Salto Alto. A começar pelo time de Dunga.
O argumento mais usado para afastá-las do cenário, em época de copa, era o de que falavam muitas besteiras. Ora, besteira por besteira o Galvão Bueno e o Neto falam muito mais e ainda ganham um monte de dinheiro por causa disso. No ultimo jogo do Brasil, participei de um bolão com mais de vinte participantes. Enquanto os marmanjos cravaram de três a zero para lá, duas mulheres votaram num dois a um. Pois é, vão entender de futebol assim na cozinha, ou melhor, na copa!
E se pensarmos bem, toda a terminologia do jogo de futebol baseia-se no universo feminino, desde o carinho que o bom jogador deve ter com a bola até o estufar da rede que foi chamado por um narrador famoso de véu de noiva. Se alguém mais precisa de argumento para ter certeza de que futebol e copa do mundo é coisa para mulher, basta lembrar:

1. A bola. Jabulani ou não, os craques jogam com uma só, enquanto elas, se saem muito bem com duas. Gol das mulheres.

2. A rede. A rede, no futebol só é lembrada, quando alguém faz gol, coisa muito rara nesta Copa, por sinal. No universo feminino a rede tem outro sentido. Ou é rede para encontros virtuais - na Internet – ou se refere à rede, tão nordestina, para troca de beijos, carícias, gritos e sussurros. Gol delas.

3. O clímax: No futebol, o clímax só é alcançado na hora do gol, enquanto no relacionamento com as mulheres isso acontece via orgasmo. Um ou outro jogador já comparou o prazer obtido no instante do gol a um orgasmo, mas nunca se soube de alguma mulher, que, depois de um orgasmo, falou que isso foi parecido com um gol. Mais um para elas.

4. O chute. No futebol chutes são tão comuns a todo instante, e devem visar a bola, embora a maioria dos jogadores de hoje prefira a canela adversária. Como todos sabem as mulheres sempre praticaram com talento a arte do chute, mas, para isso, ao invés de bola, preferem chutar namorados. Quatro a zero.

5. Ingresso. No futebol paga-se para poder entrar nos estádios. Nas mulheres também, para entrar é preciso pagar. A diferença é que no futebol usam-se ingressos, com as mulheres cartão de crédito. Mais um gol delas.


6. Juiz. No futebol um juiz serve para pouca coisa, sendo a de maior utilidade a de doar a mãe para ser xingada. No universo sentimental feminino um juiz é idolatrado quando une e, mais ainda, quando separa. Mas a mãe do dito cujo só será xingada se a pensão for pequena. Ponto para elas.

7. Impedimento. Ocorre com bastante freqüência no transcorrer de uma partida de futebol, bastando para isso que um jogador receba na frente dos outros. Com as mulheres ocorre o contrário. Quanto mais são pra frente e recebem na frente, mais dizem que são livres e desimpedidas. Outro gol.

8. Expulsão. No futebol isso ocorre quando alguém comete alguma sujeira, quando se diz que o sujeito terá de ir pro banheiro mais cedo. As mulheres, precavidas, são mais pragmáticas: expulsam o porcalhão da cama se este não for ao banheiro antes. Mais um.

9. Pênalti. Que melhor alegoria existe do que essa? A que se assemelha um goleiro de pernas abertas e indefeso esperando a hora da bola penetrar sua fortaleza? A diferença é que na maioria das vezes, no futebol, o goleiro chora depois da penalidade convertida. Já, as mulheres, aprenderam a sorrir.

Goleada para elas.

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