sábado, 21 de setembro de 2013

MASTURBAÇÃO: PELA LEGALIZAÇÃO URGENTE!


artigo publicado na seção Hoje é dia de...
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão, hoje,
sábado

Quando se pensa que tudo já estava resolvido sobre o projeto de legalização da profissão de domésticas  eis que, volta e meia, o assunto volta à tona nos  telejornais: desemprego para um lado , custos impraticáveis para o outro, o que faz surgir a indagação: se é tão complicado assim, porque não deixar as partes se entenderem, como sempre? Para que tanta lei em cima de lei?
Já que a sanha regulatória do governo PT é tão atuante ‘em defesa dos  direitos dos mais fracos e oprimidos’ que tal lembrar-lhes  de mais algumas profissões marginalizadas,  para que tenham mais com o que se preocupar?
                                  

1.Masturbação profissional.
Recente notícia divulgada esta semana dá conta de que a China acaba de regulamentar a profissão de masturbadora profissional para obtenção de sêmen (vulgo punheteira). Ou seja, enquanto em outros países dá-se uma revista pornográfica para que o cliente se excite, na China, as mulheres têm de encarar  o batente , ao que parece, suando muito para obter o ‘produto’. Antecipando-se à insatisfação das trabalhadoras  o governo regularizou-lhes  a atividade oficializando  um salário equivalente a três mil e quinhentos reais.  Levou em consideração:
 O salário. Uma mulher  tem eficiência  reconhecida muito maior do que uma revista pornográfica ( já pensou se o cliente recebe a edição da Hortênsia?),  portanto a profissional não pode  depender da boa-vontade do marmanjo para receber o que tem direito. Ora, se os homens ( No Brasil,  na China, ou em Alfa Centauro)  são tão caras-de-pau a ponto de relutarem em pagar por uma transa consumada , que dirá por uma masturbação. Nada mais justo que o Governo tome a si essa tarefa.
O grau de risco. O grau de risco foi considerado, por lá,  de nível 4  ( o máximo é cinco) levando-se em consideração a repetição cansativa do gesto, o  que pode causar danos irreversíveis . (obs. Nem foi considerada  a hipótese de a mulher ficar cega em decorrência da força do jato, como aconteceu recentemente nos USA, após uma relação de sexo oral). No Brasil, além desse, há de se considerar outros riscos como os de que o sujeito - prestes a gozar – queira estuprar a profissional,  bater na mesma ou xingá-la de vagabunda , como é tão corriqueiro por aqui e faz tanto sucesso nos bailes funk.  Ou seja, o grau de risco no Brasil é mais elevado, o que implica em dizer que o salário deveria  ser três vezes maior.

                                      


2.A profissão de ex-BBB.
Já são mais de dez mil os ex-BBB  que vagam por aí, sem rumo definido e sem carteira assinada. Impõe-se a regulamentação imediata da profissão  para que estes profissionais  (embora vagabundos por talento e vocação) não se confundam com os mesmos,  e não  se tornem mais prejudiciais ainda à sociedade.  
O salário. O salário terá que ser digno, afinal de contas não é fácil ter ficado  enjaulado numa casa,  ou ter de agüentar o Pedro Bial , além de outros sacrifícios. È sempre bom lembrar que para alguém ser escolhido para o programa e conseqüentemente para  ser, no futuro, em ex BBB,  não basta ser burro, tem que parecer burro. E, quanto às mulheres, caso não consigam posar nuas para as revistas, de que vão viver?                                    

3.Gigolô de Perua.
A profissão de gigolô de perua jamais foi regulamentada neste país, embora sejam  muitos os que vivem disso. Das periferias às telas da tevê, na vida real das celebridades ou na ficção,  é só que se vê. A regulamentação imediata dessa profissão se faz, portanto,  impositiva para que se evite, assim como acontece com a droga,  as distorções oriundas do submundo dessas relações.
Salário. Embora a maioria dos profissionais ganhe rios de dinheiro diretamente das contratantes (as peruas) a profissão ainda não é regulamentada, o que faz com que estas tenham que recorrer a artifícios para justificar que o trabalho exercido pelos gigolôs sejam tão bem remunerados. Assim elas dizem  que um é mágico, outro jogador de futebol e outro analista de mercado, sem tornar explícito - para o imposto de renda - que mágica e que mercado são esses  e com que bola (talvez duas ?) jogam.
O grau de risco. Embora muita gente considere o contrário, por conta da sombra e água fresca que são o principal ambiente  de trabalho desses empregados, o grau de risco é alto. Quer desespero maior do que acordar de madrugada e ter que encarar uma perua  da Globo, sem photoshop? E ainda por cima ser intimado a cumprir suas obrigações profissionais?

                                           


Sem contar a imponderabilidade do futuro incerto. Afinal de contas, como elas mesmas dizem umas da outras; “Fulana de tal? Essa já morreu e não sabe.”      

                                                               ewerton.neto@hotmail.com                                                                                                   http://www.joseewertonneto.blogspot.comMASTURBAÇÃO: pela legalização urgente!

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