artigo publicado na seção Hoje é dia de....
Caderno Alternativo, jornal o Estado do Maranhão, sábado
“DISSE A ELE QUE
DEPOIS QUE A PASTA DE DENTE SAI DO DENTIFRÍCIO DIFICILMENTE VOLTA. ELE ME
RESPONDEU QUE FARIA TODO ESFORÇO POLÍTICO PARA QUE ESSA PASTA DE DENTES, PELO
MENOS, NÃO FICASSE SOLTA POR AÍ, E VOLTASSE PARA DENTRO DO DENTIFRÍCIO”, Dilma
Roussef, presidente do Brasil, relatando parte de sua recente conversa com o
presidente dos USA."
Para
você ver, caríssimo leitor, o que rola por aí em reuniões de ministérios e
conversas de presidentes. Anos atrás, na
era Collor, de triste memória, fomos
surpreendidos com os bilhetinhos de amor
que eram enviados, sob a mesa e entre coxas, de um ministro para outro.Então,
era o ministro Bernardo Carvalho que os enviava para Zélia Cardoso de Melo,Ministra
da Economia, enquanto discutiam o destino de nosso dinheiro. Vinte anos após, o
incrível papo acima foi travado, semana passada, entre a nossa presidente Dilma
e o todo poderoso Obama,presidente dos USA. Segundo ela, o diálogo foi para
discutirem sobre a espionagem que os USA andaram fazendo por aqui.
Ora,
se para falar de espionagem o assunto era pasta de dente saindo de dentro de
uma bisnaga, já pensou se fosse para tratar de uma possível guerra entre as
partes? Vai ver que falariam de um consolo sexual saindo de dentro de uma lata.
Algumas
hipóteses surgem para explicar o que pode estar oculto por trás de tanto apuro de
‘linguagem presidencial’.
1.Hipótese
realística-surreal.
Dilma
Roussef talvez tenha aproximado sua face
muito próximo da de Obama, o que pode ter
denunciado algum súbito mal-hálito com o que tratou de justificar-se de
imediato. Obama , educadamente, reagiu dizendo que reconhece o problema da ‘rebeldia
da pasta’, e deve tê-la consolado prometendo não divulgar o episódio. Daí o “ vou
fazer tudo para que a pasta não fique solta por aí e volte para dentro da
bisnaga”. O que, em linguagem não- presidencial deve significar: vou ficar com
o bico calado.
2.Hipótese
corrupto-política.
Dilma
teria se apressado (diante de tudo o que os gringos espionaram - e que ainda
não mostraram) em justificar tanta bandalheira nacional, explicando-lhe que no
meio que convive - e que administra, ‘tudo que sai, nunca mais volta’, pedindo-lhe
compreensão para isso. Referia-se, claro, a dinheiro. Obama, desconsolado, escolheu uma forma sub-reptícia de dizer-lhe
que iria fazer um esforço nessa direção, mas que, de fato, não acreditava que alguém
um dia pudesse resolver seu problema. Talvez Dilma devesse lhe ter dito, em
linguagem não-presidencial novamente, que a única pasta que a maioria dos políticos
brasileiros entendem - e gostam - é aquela cheia de dinheiro.
3.Hipótese
Erótica-Sexual
Sabedora
de que foi espionada por Obama (quiçá em trajes íntimos), Dilma teria liberado
seus impulsos e se insinuado para o gringo, usando uma metáfora provocante e
carregada de ambiguidades. De acordo com esta hipótese, a “pasta de dente
saindo do dentifrício que dificilmente volta” seria uma alusão ao não regresso de
Obama à companhia de Michelle depois de ele
ter-lhe espionado por dias e dias. ( De
fato, Obama não parece mesmo com uma bisnaga?)
Pego de súbito em falso, Obama
não teve outro recurso senão contemporizar e sutilmente deve ter respondido que
faria tudo para que a pasta de dente voltasse para dentro, ou seja, no caso, ao
próprio lar. Donde a pergunta que não quer calar: “Poderia a visão do que conseguiu espionar de
Dilma, tê-lo feito decidir-se a correr imediatamente
de volta para casa?” Ou para o dentifrício, em linguagem presidencial?
http://www.joseewertonneto.blogspot.comDe Dilma para Obama
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