Jose Ewerton Neto, autor de O entrevistador de lendas
artigo publicado no jornal
o Estado do Maranhão
Prevenindo-se
do que aconteceu com o ano de 2016, constantemente execrado durante sua
trajetória, 2017 resolveu exibir antecipadamente a sua DECLARAÇÃO DE DIREITOS,
exigindo que todos a compreendam e executem para bem de todos e felicidade
geral das nações:
1.O ANO DE 2017 (Ano-Novo) avisa que
terá o direito de ser apenas uma mera fração de tempo com duração de 365 dias,
nem um segundo a mais ou a menos. Que não será candidato à reeleição, muito
menos aceitará impeachment. Que não doará um segundo a mais a quem quiser
prolongar sua vida, muito menos vai tirar de quem pretende abreviá-la. E - já
avisando aos corruptos: toda abordagem será em vão. Não há dinheiro que compre um
segundo a mais ao que já vem destinado
por Deus.
2.O ANO DE 2017 avisa que prefere
ser chamado pelo nome-número 2017, que o classifica e identifica, ao invés de
apelidos, como Ano Novo, Reveillon, etc.
Entende que apelido é coisa para marginal e, mais recentemente, para político ladrão corrompido pela Odebrecht,
não pretendendo, para si, a mais vaga alusão ou semelhança com esse tipo de gente.
3.O ANO DE 2017, mesmo não se empolgando com isso, lamenta que os festejos bizarros que
festejarão sua chegada, não sejam repetidos uma única vez pelo resto do ano,
como se só merecesse respeito e consideração por ocasião de sua chegada.
4.O ANO DE 2017 deixa claro que não
gostará de ser chamado de Velho (ano-Velho) , ao fim de seus, apenas, 365 dias,
pois considera que isso não é tempo suficiente para deixar alguém velho. Os
humanos, por exemplo: ninguém chama uma criança de velho com apenas 1 ano de idade.
5.O ANO DE 2017 avisa que não
gostará de ser responsabilizado – como infelizmente aconteceu com o 2016 - por tragédias de origem natural como chuvas,
trovoadas, furacões, tsunamis etc. . E muito menos por aquelas, (muito piores)
de origem humana como aviões caindo, guerras, Donald Trump na presidência, ou
autoridades se corrompendo.
6.O ANO DE 2017 avisa que não dispõe
de máquinas milagrosas para sugar a gordura de quem pretende emagrecer, a
partir do início de seu mandato. Que não é feiticeiro ou mágico e, mesmo que
tivesse algum poder, não o usaria para
satisfazer o desejo de qualquer bobalhão.
Por isso sugere que poupem tempo, dinheiro e energia com pedidos de primeira hora, em meio a patacoadas, bizarrias e demais
papagaiadas pelas praias, no dia 31 e arredores.
7.O ANO DE 2017 lembra, consternado,
que começará exatamente milionésimos de segundo após a saída do 2016, mas não
terminará necessariamente milionésimos de segundos antes do 2018 (para quem vai
morrer, claro). Por isso recomenda: menos empolgação e mais reza.
8.O ANO DE 2017 avisa, no caso do Brasil,
que não suportará ser chamado, ao final,
de Ano Aziago, Ano Calamitoso, Ano Ruim, Ano Trágico, etc. , como está
acontecendo com o 2016. Recorda que não tem culpa da existência de tanto político
ladrão à solta nessa terra; se o povo é que os escolhe; se suas mentes não funcionam e seus ouvidos menos ainda.
E pede encarecidamente que tenham a gentileza de poupa-lo do som música de
dupla sertaneja em sua chegada ou de, pelo menos, diminuírem o volume.