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A seguir, mais pérolas do linguajar maranhense a serem
inseridas, este ano, na próxima edição
de O ABC bem-humorado de São Luís, escolhidas segundo o potencial de sátira que
norteou a primeira edição.
1.COCHICHOLO. Pequena casa, casinhola.
No Maranhão
3 cochicholos + uma rua e + um quebra-molas, são suficientes para improvisar um 4º cochicholo , a partir de então denominado de Prefeitura Municipal, com um espertalhão enfiado lá dentro.
2.COURO. Mulher velha e feia.
Mais uma dos
machões empedernidos da Terra . Para justificar que não davam no couro, os
homens passaram a apelidar suas pobres mulheres de couros. Couro neles!
3.DANISCA. Mulher de mau gênio, resmungona e birrenta.
Ex. “O
Brasil levou tanto tempo para ter uma presidente do sexo feminino, chamada
Dilma, só para se descobrir que no Maranhão há um nome mais apropriado para ela: Danisca.
4.DERRESSOL.
Doce feito de mel de cana e coco ralado.
Nada a ver
com sol. Originou-se no tempo do réis.
Os meninos saiam e a maior parte deles
se dirigia à venda para comprar “de-réis-só”
5.DISGROTA.
Infortúnio, desgraça.
Como bem
disse Dante na sua Divina Comédia: “Não há pior disgrota na vida do que
recordar os tempos áureos da juventude, na velhice.”
6.DORDOLHO.
Nome popular de conjuntivite.
Auto-explicativo:
dor de olho fica bem mais inteligível. Esse negócio de conjuntivite parece mais
Conjunto de Vinte. Ou de vítimas.
7.EGUAGEM. Sutileza,
manha.
A palavra
égua serve pra tudo no Maranhão, até para elogiar políticos safados. Mas, por que será então que “Pai D’Égua” é
elogio, e “Filho de égua” é insulto? Dizem
que é porque ao invés do avô pai d’égua que está pra morrer, os filhos de égua
têm mais tempo para serem insultados.
8. PRAGA.
Mosquito.
Denominação
dos maranhenses aos mosquitos. Já houve registros de maranhenses em visita ao
Sul do Brasil que levaram tapa na cara
por perguntarem à vendedoras feias se
elas tinham remédio pra praga.
9.QUALIRA. Gay, veado, baitola.
O Wikipédia
jura de pés juntos que o nome artístico de qualira nasceu porque houve em
tempos idos um bloco de carnaval em que se destacava um rapaz efeminado que tocava
uma lira ( instrumento de cordas dedilháveis de larga difusão na antiguidade)
Então a plateia dizia: “Lá vem ele com a Lira”. A Frase foi diminuindo até
chegar a “com a lira” e, daí a qualira.
Sugere-se
que a coisa foi um tanto diferente e que houve também, nos tempos do império um
português abastado que morava em São Luis chamado Lira, e que tentava desesperadamente cumprir seus dons masculinos diante de uma
mulher portuguesa muito fogosa. A mulher, diante de suas tentativas vãs gritava
pra quem quisesse ouvir “ Qual, Lira,
não vai adiantar!” De tanto Quál Lira!,
no ouvido Lira acabou virando qualira acompanhado, hoje, por uma uma pá
de assemelhados bem maior do que o estádio do Castelão.
10.REGADA.
Linha de intercessão das nádegas.
Essa linha,
que faz parte do imaginário masculino e não tem vida real, às vezes é substituída
por um artifício que as mulheres usam, denominado fio dental. E que tem vida
real menor ainda.
11.SORONHO.
Cigarro feito de maconha.
Teria se
originado da expressão muito usada pelos praticantes. “Melhor que isso, só em
sonho!” Deu em Soronho.
12.SOBROSSO.
Susto, medo.
Teria se
originado da expressão: “Tremia tanto que a carne fugiu e só sobrou o osso”.
Daí, o sobrosso.
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