1.Histórico. A respeito de como
surgiu o beijo os historiadores só têm
uma certeza: ninguém sabe como começou.
Os humanos sempre se socorrem da religião para explicar as coisas, mas,
evidentemente, Deus desta vez nada teve a ver com isso porque nunca teve
parceiros para beijar. Seu filho, sim Jesus Cristo, foi beijado e, através
dele, traído, razão pela qual Deus, naturalmente desconfiado, ainda vai passar
umas tantas eternidades sem beijos.
Se o inventor do beijo nunca
apareceu, muito menos a razão pela qual foi inventado. Teorias e especulações,
porém, é o que não falta.
1.1A teoria do “é bom ser fresco”. Na
idade da Pedra a pele da pessoa seria uma rara fonte de sal, sempre à mão. Como
o sal retém a água mantendo a temperatura do corpo especula-se que nossos
ancestrais tenham começado a se beijar para se manterem frescos. Dá pra
acreditar?
2.A teoria dos feronômios sexuais.
Todo animal de sangue quente destila hormônios sexuais pela pele. A isso se
chama feronômio, o que desencadeia uma
reação instintiva em vários animais.
Ora, nos tempos antigos, quando nosso olfato era bem mais apurado, os
feronômios diziam mais de uma pessoa do que qualquer perfil de facebook hoje em
dia. Beijar, portanto, acrescentava uma dimensão extra aos tipos de comunicação
pelo cheiro.
3. A teoria da confiança. Muitos
cientistas evolutivos confiam em que os primeiros beijos (do tipo usado para
cumprimentar) foram atos de confiança e proximidade. Autorizar alguém a ficar
junto/beijar significaria mostrar que não havia medo de que o parceiro mordesse ou atacasse pelas costas. Sendo
entre parceiros do mesmo sexo, convenhamos, era melhor passar por beijoqueiro do que
correr o risco de comprometer o fiofó.
2. A história continua
2.1 Três mil anos A.C os adoradores
já atiravam beijos a seus deuses, demonstrando que beijos não só eram
praticados como jogados para o céu. A quantidade de morticínios e calamidades que
se seguiam às oferendas faz acreditar que beijinhos voando não eram muito apreciados
nessas alturas.
2.2 O costume do beijo variava
segundo a região e a cultura dos povos. Na Roma antiga o beijo era usado para
cumprimentar não apenas amigos ou família, mas também estrangeiros com quem se
cruzasse as ruas, ou até mesmo vendedores de porta em porta. Enquanto isso, no
Egito mal se ouvia falar de beijos.
Acredita-se que Cleópatra, famosa por
muitos e poderosos amantes romanos, nunca os tenha beijado e talvez por isso deva tê-los deixado a seus pés. Imagine o fogo de
uma princesa que dispensava preliminares!
2.3 Durante a idade média, na Itália,
se um homem beijasse uma mulher em público tinha que se casar com ela. Como
seria bom para as casamenteiras de hoje
se esse costume ainda prevalecesse: cada mulher que fosse a uma balada levaria
mais de vinte maridos para casa.
2,4.A grande praga que assolou
Londres em 665 DC pôs um fim ao ato popular de beijar. O medo de pegar essa
doença fatal fez com que as pessoas começassem a tirar o chapéu, curvar-se,
fazer referências e apertar as mãos como novos gestos populares de cumprimento.
Qualquer semelhança aos dias que
correm, caro leitor, não é mera
coincidência.
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