artigo publicado na seção Hoje é dia de...
caderno alternativo, jornal o Estado do Maranhão, hoje, sábado
Depois que Deus desistiu de ser brasileiro há um ano, após
ter tido seu braço cortado por um raio (Cristo Redentor), só coisa ruim aconteceu no Brasil: o 7 x 1 da
Alemanha; a reeleição de Dilma; a falta de água; os apagões; brasileiros
fuzilados no exterior; as ações da Petrobras se desvalorizando; duplas
sertanejas pra tudo quanto é lado etc. etc.
Ora, o que
pode acontecer com um país abandonado, ainda que provisoriamente, por Deus? Numa
ocasião dessas deve-se apelar para o que existe no mercado, ainda que não sejam
deuses legítimos. Pois foi pensando nisso, que líderes das várias congregações
religiosas brasileiras estão pensando em pedir para que os deuses gregos nos
prestem algum socorro. Certo, estão ultrapassados, ociosos há muito tempo,
ninguém lhes dá crédito, envelheceram, mas para alguém havemos de apelar para que as
coisas mudem. Vejamos o que eles poderiam fazer pelo nosso Brasil:
ZEUS – Cuida dos céus e dos trovões. Mora com a esposa, mas
não é nem um pouco fiel.
Do jeito que
estão as coisas, daria preciosa ajuda, pelo menos, quanto aos trovões. Já que não
tem água mesmo, só o barulho dos trovões anunciando as chuvas nos faria um bem
danado. Quanto à infidelidade, isso não seria problema: brasileiras e
brasileiros já estão acostumados.
POSEIDON – O irmão de Zeus que cuida dos mares, tem uma casa no monte, onde recebe Afrodite.
Já era tempo
de termos pelo menos um irmão de Deus, morando
nos morros do Rio. Como ‘cuidador dos
mares’ teria condições de fazer com que cessasse essa “onda” de crimes. Quanto
a quem ele vai receber em seu barraco, isso não importa, desde que a visita não seja de
bala perdida.
AFRODITE – Deusa do amor e da sexualidade, tem relação com seis dos 12 deuses do Olimpo.
Não sei se
ajudaria muito. O Brasil já tem muita candidata a Afrodite, com essa mesma pretensão de ser deusa da sexualidade e, além disso, ter relação com mais de dez. A lista é grande:
Isis Valverde, Valesca Poposuda, Anitta e uma penca de ex BBBs. (Nessa lista
caberia até Suzana Vieira se alguém tivesse coragem de encarar). Claro, nenhuma
delas teve ainda relações com deuses, mas jamais duvidem de suas taras e capacidades.
EFESTO – Manco, cuida do fogo e da metalurgia. Usando bronze
construiu seu próprio palácio.
O Brasil já
teve recentemente o seu Efesto, que não
era manco mas tinha o dedo cortado. E que também veio da metalurgia: o
ex-presidente Lula, que não construiu o próprio palácio mas construiu um pro seu filho, segundo a imprensa. A troca de Lula por Efesto seria muito vantajosa
para os brasileiros principalmente se ele trocasse o nome de Efesto para É
festa, coisa que o brasileiro mais gosta.
ARES – Filho de Zeus e
de Hera cuida das guerras e alimenta as matanças e a sede de sangue.
Poderíamos
dispensar esse deus porque já tem muita gente nos presídios cuidando disso, junto com autoridades, justiça
e polícia, todos unidos para deixa-los à vontade.
APOLO – Zelador da verdade
e líder das musas , leva os seres humanos a admitir seus erros.
Eis um deus
de que precisamos urgentemente, já que a fila de líderes das nossas musas anda muito
chocha: Neymar, Roberto Justus, Daniel, Luan Santana etc. etc. Bote pobreza
nisso! Um toque divino seria fundamental para que elas começassem a admitir seus
erros: “errar é humano, permanecer no erro é abominável”.
DIONÍSIO – É o único dos doze deuses gregos que é filho de um
Deus (Zeus) e uma mortal (a princesa Semele)
Não daria
certo. Do jeito que a mulherada anda parindo filho sem pai, o que iria ter de gatinha
dizendo que seu filho, cujo pai não aprece, é de deus, daria para encher um
maracanã. E, pior: do jeito como anda a justiça brasileira apareceria logo um
juiz para pedir o teste de DNA de Deus e
um médico cubano para executá-lo. Pobre Zeus!
DEMÉTER – Filha de Cronos e irmã de Zeus, Poseidon, Ares e
Hera, cuida das estações do ano.
Essa sim, teria
muito o que fazer.Com uma deusa cuidando das estações , quem sabe, voltaríamos
a ter aquelas a que estávamos acostumados: inverno, verão, outono e primavera,
ao invés das atuais: réveillon, carnaval, bumba-boi, seca, enchente e cinzas.
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